… de meras cabeças falantes que andem pelo ME como o actual ministro Tiago. Se alguém se lembra, a partir de dado momento nem a “reitora” em achava que deveria ser demitida, para que a sua obra ficasse bem clara para a posteridade. O mesmo acho do nulo Tiago e de um possível duplo mandato em que ele não passa de um rosto entre quem toma as macro decisões (Finanças, PM, até a nova ministra Leitão) e quem anda pelo terreno a implementar as suas reformas (o SE Costa, que a nova secretária ainda anda a ver o espaço que tem para alargar a municipalização que tão bem se diz correr em Odivelas). A demissão do ministro Tiago nada mudaria. No mandato passado, ninguém, mesmo na fase final, se lembrou de pedir a demissão de quem manda efectivamente nas medidas relevantes para a vida nas escolas. Talvez porque exista uma concordância ideológica entre mais gente do que parece. Ter agora os sindicatos a bater no ministro é apenas o reverso de há quadro anos ter aqueles cartazes da JSD a apresentá-lo como uma espécie de marioneta do Mário Nogueira. O homem pode ficar ofendido as vezes que entender, mas não passa de um tipo que está ali e passeia à nossa conta e tira fotos nas escolas, sorridente, como se alguma coisa se passasse por causa dele. Parece que sim, mas só lá perto do seu torrão natal. Deixem-no feliz. Há tantos eventos a que ir. E antes ele do que outro. Não diz nada de relevante ou interessante mas, pelo menos, não fala na lentidão dos caranguejos do Tejo. Ainda acaba em assessor presidencial.
Dia: 20 de Fevereiro, 2020
5ª Feira
Dia de ler histórias ao 1º ciclo é sempre um dia bom. Para mais se forem histórias sobre gatos, misturando a ficção, a realidade e as memórias. Mesmo se pela manhã se tiveram aulas com 6ºs e 8ºs. Porque, a menos que seja por esgotamento físico ou psíquico ou condição equivalente, me mete alguma impressão aquela gente que prefere fugir sempre que pode a dar aulas, anos a fio, embora se apresente como professor. Se o hábito não faz o monge, pelo menos o exercício da arte é que deve certificar o artesão.
A Ler – Maurício Brito
As contas que ninguém fez: prelúdio do triste fim
O apregoado perigo de um “apocalipse financeiro” com os professores, que levou o Primeiro-Ministro a ameaçar com a demissão, produziu uma das mais tristes coreografias assistidas na nossa democracia.