A Sério?

Em plena mini-pausa, dezenas de publicações sobre o recenseamento docente e até quando é e o que é preciso fazer e coiso e tal e mais isto e aquilo, uma preocupação infinda com uma burrocracia da treta! Não há paciência… a sério… não há. É porque é Carnaval? Ou o desvario é mesmo real? Porque se é e é contagioso, por favor, quero ficar de quarentena.

 

Recordando…

… quando para terem um seguro de saúde, tentaram que os professores da Virgínia Ocidental tivessem de usar Fitbits e cumprir metas para não serem multados. Embora as causas fossem muito além disso. E os professores tivessem de avançar para lá dos “acordos” feitos pelos seus “representantes”. E fizeram-no nos 55 condados. Independentemente do cheque ao fim do mês.

The West Virginia Teachers Strike Shows That Winning Big Requires Creating a Crisis

The strikers won all five of their demands by shutting down every public school in the state.

(…)

The teachers understood that to win, to not go down in the record books as another huge defeat, they had to stay on strike and escalate the crisis. They could not have achieved the victory without having the community firmly on their side. Educators, like health-care workers, have an incredibly powerful, organic relationship with their communities—relationships so strong they are durable against sophisticated right-wing attacks. The solidarity built in West Virginia was built in a strike that united the state against the power structure. The sooner the progressive movement understands that, to save our democracy, people must rebuild robust unions—that means a strong embrace of teachers and education and public-service workers—the sooner we all start winning.

sindicatooo

(o problema é que por cá os ataques “sofisticados” não surgem apenas da “direita”… tantas vezes são bem mais “próximos”…)

Agora Não Me Dava Jeito Nenhum…

You’re Likely to Get the Coronavirus

Most cases are not life-threatening, which is also what makes the virus a historic challenge to contain.

(…)

Production of vaccines has long been contingent on investment from one of the handful of giant global pharmaceutical companies. At the Aspen Institute last week, Fauci lamented that none had yet to “step up” and commit to making the vaccine. “Companies that have the skill to be able to do it are not going to just sit around and have a warm facility, ready to go for when you need it,” he said. Even if they did, taking on a new product like this could mean massive losses, especially if the demand faded or if people, for complex reasons, chose not to use the product.

Making vaccines is so difficult, cost intensive, and high risk that in the 1980s, when drug companies began to incur legal costs over alleged harms caused by vaccines, many opted to simply quit making them.

E não é que há medidas que nos fazem lembrar um pouquinho, nem que seja um pouquinho, a Idade Média?

Italy, Iran, and South Korea are now among the countries reporting quickly growing numbers of detected COVID-19 infections. Many countries have responded with containment attempts, despite the dubious efficacy and inherent harms of China’s historically unprecedented crackdown. Certain containment measures will be appropriate, but widely banning travel, closing down cities, and hoarding resources are not realistic solutions for an outbreak that lasts years. All of these measures come with risks of their own. Ultimately some pandemic responses will require opening borders, not closing them. At some point the expectation that any area will escape effects of COVID-19 must be abandoned: The disease must be seen as everyone’s problem.

Plague

Há Sempre Um Misto Desagradável De Sensação Evidente De Impunidade E De Nos Quererem Fazer Passar Por Estúpidos

Até porque este é o mesmo senhor dos sms com o Rangel.

Como é possível que com as responsabilidades que tinha, a criatura use este tipo de argumentação para as suas práticas? MAs lá que se deve safar, não me admira muito.

Ex-presidente da Relação garante que agiu de boa-fé

(…)

O jornal Público avançou que Luís Vaz das Neves tem uma empresa que, em 2018, faturou 190 mil euros por arbitragem de conflitos.
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O Conselho sustenta que o actual estatuto dos juízes não permite acumular uma atividade remunerada com o que recebe como juiz desembargador jubilado.
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À RTP o magistrado garante que agiu de boa-fé, mas que respeitará a decisão que for proferida.
Mentira

São Remendos Curriculares Muito Bem Pensados

Embora confesse que a aritmética dos horários me esteja a escapar… como é que de 38 se chega aos 200.

Em finais de janeiro deste ano, quatro meses depois do início das aulas, havia ainda 38 horários por preencher, o correspondente a 200 professores de Informática em falta nas escolas. Para resolver o problema, o Ministério da Educação decidiu que as escolas podiam contratar quem tenha participado numa ação de formação na área das tecnologias.

Porque isto anda tudo ao contrário…

As regiões mais afetadas pela falta de professores são Lisboa e o Algarve. A questão da Informática é a mais preocupante, mas há já falta de professores também noutras disciplinas como o Português, Geografia e Inglês.

Perante este cenário, o ministério da educação diz à Renascençque está a estudar com detalhe as necessidades da falta de professores, estando a ser criado um grupo de trabalho com as universidades para verificar quais são as necessidades de formação procurando aumentar a atratividade da profissão.

Ora bem:

  1. Introduzem-se disciplinas no plano curricular sem estudo prévio da viabilidade em termos de meios humanos (nem falemos das condições técnicas em algumas escolas).
  2. Quando dá asneira, é que se vão verificar as “necessidades de formação” que, a serem cumpridas devidamente, só terão efeitos a 5 anos.
  3. Não se percebe bem com quem (e em que termos) se vai discutir o aumento da “atratividade da profissão”.

Já agora… não se acanhem que há outros grupos que estão também em pré-ruptura.

eu-sou-o-burro

 

 

2ª Feira

E agora vai seguir-se todo o processo natural em relação à lei da eutanásia ou morte assistida que implica que todos os envolvidos necessitem do veto presidencial, incluindo os mais exibicionistas defensores da lei.

Porquê?

Porque é necessário que a lei surja como grande sinal de divisão identitária entre Esquerda/Direita quando se viu que assim não é bem. Mas há uma parte do PS que precisa de demonstrar isso, pelo que um presidente eleito pela “Direita” deve vetar a lei para que ela tenha devida chancela de “Esquerda”.

Quanto ao PR, depois da óbvia declaração de ser necessário esperar pela lei que em concreto sairá do Parlamento, necessita de, já não muito longe das próximas presidenciais, satisfazer uma parte do seu eleitorado natural e demonstrar que não foi completamente capturado pelo seu acordo de cooperação quase total com António Costa. O veto é uma espécie de certificado de vida para além do marasmo.

Como o veto apenas faz regressar a lei ao Parlamento que a pode aprovar novamente, sem mudar sequer uma vírgula, estamos perante um daqueles casos em que todos ganham ao simular uma espécie de conflito ideológico institucional.

Tudo isto é mais do que previsível numa peça de enredo já conhecido, pelo que é profundamente entediante.

keepcalmtea

(nunca consegui, por exemplo, ter paciência para ver o Titanic do James Cameron…)

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