Dia: 19 de Março, 2020

E O Que Tem O Vasco Da Gama A Ver Com Isso?

~ Paulo Guinote ~ 2 comentários

Não percebo bem aquela de alguns políticos (como o PR) virem com a conversa de tudo aquilo que os portugueses conseguiram ao longo da História e que Portugal tem muitos séculos e que até fomos à Índia e a muitos outros sítios e tal. Porque, em boa verdade, nem grande coisa resta disso, nem me parece que a História (que eu muito aprecio como bem sabeis) tenha propriedade anti-virais. Os Maias tinham muitos séculos de História (e os Astecas e Incas, mas menos) mas morreram aos milhões com o vírus da varíola.

Varíola

Leituras

~ Paulo Guinote ~ 1 Comentário

Agradecendo as referências ao Livresco:.

CORONAVIRUS: HOW ASYMPTOMATIC CARRIERS SPREAD A VIRUS LIKE COVID-19

Can you have COVID-19 without showing any symptoms? That may be main driver behind the pandemic, according to scientists.

Coronavirus is spreading panic. Here’s the science behind why.

From prehistoric predator encounters to frantic toilet paper runs, our anxious brains can short-circuit when faced with the scary unknown.

Porque o discurso anti-Conhecimento e anti-Ciência, quando no poder, é profundamente perigoso:

The deep ideological roots of Trump’s botched coronavirus response

How the GOP’s decades-long war on expertise sabotaged America’s fight against the pandemic.

CovidCartoon

5ª Feira – Dia 1 Em Emergência (Ex-Dia 4 Em Alerta)

~ Paulo Guinote ~ 6 comentários

A gata continua algo perturbada após o amanhecer, mas vai-se habituando. Os níveis de víveres foram relativamente repostos, após uma saída e o contacto com as novas práticas de consumo dos indígenas que limpam completamente as secções de frescos dos supermercados para os armazenarem depois em arcas, congelando-os. O que me faz pensar que transformam esses frescos em congelados, mas acham que assim é melhor do que comprar os próprios congelados. Há por aqui algo entre a genialidade e o pensamento mágico que me intriga. As regras de entrada nos espaços comerciais são respeitadas porque, digam o que disserem, somos um país maioritariamente de gente respeitadora, embora com uma minoria de malcriados estridentes. Não sei se repararam, mas alguns dos seguranças de algumas cadeias de supermercados estão longe de ser figuras muito imponentes e duvido que tenham tido formação para isto, mas até que parece estar tudo a correr bem. Apesar de se ter dito que o uso de máscaras por quem não está contaminado é inútil, há uma quantidade assinalável de pessoas que prefere andar com elas como se assim evitassem que as tais gotículas lhes atinjam outras partes do rosto, como os olhos. Mas tudo bem, quando se gastarem no período mais crítico, logo falamos.

Já na frente educativa, começa a ser cansativo a atitude hiperactiva de quem parece ter-se esquecido que a semana das avaliações começa apenas no dia 30 ou que, no essencial, a última semana de aulas do 2º período costuma ter muita coisa, mas poucas aulas, por causa das actividades concentradas nesses dias. Ou de quem está manifestamente entusiasmado com a possibilidade de mostrar que é mais século XXI do que os outros e vai de exibir as suas competências digitais que, em muitos casos, estão longe de ser impressionantes, mas sempre dá para polvilhar as redes sociais de “inovação” e que está tudo muito empenhado no tele-trabalho, modelo 24/7. Certo, tudo bem, nada contra, excepto quando pretendem que todos partilhemos de uma agitação que, não raro, esbarra na atitude dos alunos que, eles sim, se sentem merecidamente em férias.

Do lado de muitos encarregados de educação, o estado de emergência já começou na 2ª feira. Realmente, ter a criançada fechada em casa e ter de lhes aturar os humores é complicado, Agora imaginem numa sala de aula aos 20 e 30 de cada vez. Ao fim de 15 dias de quarentenam acredito que haverá quem esteja para lá do limiar de um ataque de nervos.

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