Deverá sair apenas amanhã no Educare, mas fica aqui já hoje, por ser texto do dia.
É domingo de Páscoa e, crentes ou não, este é daqueles dias em que é habitual afirmar-se que as famílias se reúnem. O que no presente momento de isolamento social, em especial no caso das famílias nucleares, é algo de que já vamos tendo umas semanas de prática. Porque o tempo parece ter-se tornado um contínuo algo indistinto.
Talvez por isso, a sexta-feira que deveria ser santa, foi dia de chuvada de documentação sobre o “ensino à distância”, seja a que partiu do ministério, seja a que em muitos pontos do país chegou das chefias locais, sem dó nem piedade pelo que é um feriado tradicional. Embora exista quem ande por aí a dizer que quem está em casa não deveria merecer o que recebe, a realidade é bem diferente e são poucos os momentos em que não há algo a fazer. Os dias passaram a colar-se uns aos outros, já ninguém se admira (a começar por quem se afirma como gente de Fé Cristã) por se desrespeitar o fim da Quaresma.
Porque há reuniões a preparar, novas planificações por fazer, grelhas por preencher e, apesar dos protestos, a maioria vai fazendo. Tirando quem, como os alunos, faz passar por pseudo-rebeldia o que é outra coisa. Porque há quem aproveite para se mostrar mais excelente do que o próximo, mas também quem se encoste à sombra do trabalho alheio. São virtudes e habilidades que escapam a quem fica no meio.
Mas hoje é domingo de Páscoa e, crentes ou não, este é daqueles dias em que merecemos uma pausa, seja nas tarefas, seja na leitura de idiotices em forma de “opinião”.

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