Deveria ter sido publicado ao fim da manhã, mas…
Depois dos ensaios das últimas semanas do 2º período, da chegada de documentação e recomendações diversas do ministério da Educação, dos avisos da Comissão Nacional da Protecção de Dados e da produção pelos agrupamentos e escolas de Planos de Ensino à Distância (E@D), entre outras peripécias que preencheram os últimos dias da tradicional pausa pascal, eis que chegamos à semana em que começarão a ser testadas as redes locais que foram sendo tecidas em tempo recorde para colocar professores e alunos em contacto no 3º período. Os tutoriais para uso das plataformas disponíveis começaram a circular embora, apesar de toda a boa vontade dos envolvidos, se saiba que a “formação” mais necessária seria a dos próprios alunos e muitas famílias, para não insistir nas que assim terão muita dificuldade em realizar tarefas e desenvolver aprendizagens significativas e passíveis de uma avaliação consequente conforme o desejo expresso do primeiro-ministro.
As soluções adoptadas começaram a concentrar-se num leque mais restrito das opções disponíveis, apesar de, pelos planos E@D que pude ler nos últimos dias, as metodologias de trabalho propostas estarem longe de ser uniformes. Umas vezes isso explicar-se-á pelos contextos específicos de cada comunidade educativa, mas em outros resulta de concepções muito diferentes do que deve ser um modelo de ensino/aprendizagem. Já vi grelhas de “aulas virtuais” que replicam quase fielmente o horário das presenciais e as que deixam uma relativa margem de liberdade a cada conselho de turma e docentes, atribuindo, por exemplo, um turno/dia a cada disciplina (Secundário) ou par de disciplinas (Básico) e deixando em aberto a forma de as desenvolver (sessões síncronas ou apenas horários de distribuição/recolha de tarefas).
Tudo é válido até prova em contrário, mesmo se há em alguns casos uma deriva para tentar decalcar o modelo presencial no modelo à distância. Não me parece que seja essa a melhor forma de desenvolver uma forma diferente de pensar a “Educação para o século XXI”, pois não basta adicionar o digital a concepções de fazer as coisas que são directamente herdeiras do modelo tradicional. Se queremos autonomia e flexibilidade, devemos ter confiança num modelo mais “aberto” e menos espartilhado do ensino, que permita aos alunos (em especial do 3º ciclo e do Secundário) seguirem ao seu próprio ritmo e não ficarem encerrados numa grelha saídas dos estágios das últimas décadas do século XX. Resta saber se quem tem o poder de definir alguns destes planos já aprendeu algo mais do que isso.
Baah, vai correr tudo bem (andrá tutto mémé). Basta ver como toda a gente refere nas TVs a virtude das medidas tomadas. Ele há, é certo, um detalhe ou outro que é preciso afinar, uma minudência a aferir ou até uma minúscula contrariedade que a boa vontade e empenho de todos os professores não tardarão a debelar. Com umas máscaras feitas de lenços de papel e T-shirts recicladas, umas gotas de gasolina para esfregar nas mãos e um fósforo aceso para as enxugar, num ápice estaremos a discutir de novo o penalty do João Pinto e as desavenças entre a mulher do Ronaldo e a sogra.
Por outro lado estou menos optimista em relação ao filho mais novo do Príncipe de Gales. Aquele rapaz não frequentou o nosso ensino e é pouco provável que se desenrasque. Terá de depender do salário da mulher. Espero que seja suficiente para poder viver condignamente. Mas se não for, contem comigo para comprar um tablet para os putos poderem ir à escola.
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Havia (há) um plano. Surgiu a oportunidade de, sem grandes hipóteses de contestação, começar a implementá-lo.
Os perigos estão a revelar-se a pouco e pouco. O que aí vem pode mesmo tornar-se muito, mas mesmo muito perigoso e as consequências serem irreversíveis!
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A EDP foi esta segunda-feira alvo de um ataque informático, confirmou fonte da empresa ao CM.
O ataque afetou metade dos servidores e apenas os da Microsoft.
Fonte da empresa disse ao CM que outras elétricas europeias também foram atacadas por hackers e não se sabe se foram roubados dados de clientes.
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Quando o meu PC for abaixo quer um escuteiro a ir buscar-me outro à Staples.
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