Sim, para a generalidade dos colegas que aceitaram corporizar as aulas do #EstudoEmCasa porque em muitos casos o estão a fazer por sentirem que não tinham alternativa. Tinham, mas isso agora não importa. Importa que esta “telescola” deveria ter o contributo directo das associações profissionais de professores, em especial daquelas que tanto têm apoiado as políticas em desenvolvimento. Em vez disso, optou-se pela solução mais funcional de falar com algumas direcções amigas e recrutar parte do corpo docente dessas escolas para darem a cara neste “projecto”, respondendo ao “desafio”. Vou esperar para ver, mesmo se alguns materiais já disponibilizados estão longe de ser animadores. Não aceito o argumento do “não estão habituados à televisão”, porque todos estamos habituados a audiências bem mais complicadas do que câmaras. Também recuso aquela linha de pensamento (tão promovida pela tutela nos últimos dias) de termos de apoiar quem aceitou a “missão” pela sua imensa dificuldade. Afinal, não nos andaram a dizer que agora é que iam mostrar como deve ser a Educação no século XXI? Aguentem-se.
O benefício da dúvida resulta de um princípio básico de justiça para quem avançou, como disse, em vários casos por sentir que não poderiam fazer outra coisa, no seu contexto local. Claro que há quem o tenha feito por vaidade, mas isso é algo que se nota mais nas lideranças, nas generalas e generais que mandam os soldados para a frente de batalha e depois colhem os louros, enquanto mandam publicar uns louvores em Diário da República.
Mas como tudo na vida, o benefício da dúvida tem limites. Esta semana vai testá-los.

(o primeiro exemplo de descoordenação e falta de planificação global, apesar de ser a mesma pessoa a assegurar as “aulas”, foi o segmento de Português para o 1º e 2º ano se basear na leitura de uma história quando o segmento seguinte é dedicado exactamente à “hora da leitura”…)
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