Num Triângulo Rectângulo, O Quadrado Da Hipotenusa É Igual À Soma Dos Quadrados Dos Catetos, Mas Só Às Vezes

Por exemplo, numa perspectiva quântica de século XXI, considerando o princípio da incerteza de Heisenberg, pode ser que o gato do outro nem tenha entrado na caixa, mas ido comer friskies ou whiskas.

Ou seja: 7×7=(4×4)+(5×5)

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(já agora… em algumas aulas o recurso a uma certa plataforma nacional de recursos digitais foi generalizado, mas “cortando” a parte da imagem em que aparece essa designação… será que fica bem não deixar ver a “fonte” dos ditos  recursos?)

Não Queria Acreditar, Mas…

… os contactos que fiz ontem e hoje confirmam-me o essencial do que publiquei acerca das ameaças (ali pelo segundo semestre de 2019) de um grupo de directores “jovens” acederem a classificação que os isentasse de quotas ou então que se demitiriam (o que duvido muito), o que permitiu a muitos escaparem a esse gargalo de progressão.

O complicado é que… quando um tipo escava as coisas, descobre, qual Vasco Santana de prego e martelo em punho, o que não espera, só que desta vez não é branco, nem tinto, apenas um truque “legal” (como me foi sublinhado) para ultrapassar a questão das quotas por outra via.

Em “expilico”

Ao que parece houve director@s, em número que não me é possível apurar, que se demitiram do cargo para serem avaliadas como docentes “regulares” e assim obterem a classificação desejada para a progressão(por vezes, d@s avaliador@s que nomearam como coordenador@s de departamento), voltando depois a candidatar-se ao cargo que tinham vagado, voltando a ser avaliador@s de quem @s tinha avaliado.

(claro que nada disto me foi explicado por extenso, porque já todos aprendemos que o melhor é ficarmos pela via oral…)

O que me faz lembrar aquele truque dos alunos que davam uma voltinha pelo profissional para terem grandes notas para se candidatarem à Universidade.

É “bem pensado”? É.

É legal? É.

É de uma promiscuidade aterradora? É

É este modelo de avaliação e progressão uma enorme vergonha? É.

Mas fez-se? Sim.

É vagamente moral ou ético? Não me parece (mas eu estou quase sempre enganado nestas coisas…)

Este tipo de conduta explica tanta coisa, em particular quando é feito com a complacência da cadeia de comando central. E também explica que tanta gente vã de peito feito para certas reuniões, clamando por isto e aquilo e proclamando certas posições, e delas saia com a trela posta e a cabecinha a-dar-a-dar.

cadeia-e-teia-alimentar

Dia 34 – O Regresso Do Par Pedagógico

Hoje também aconteceu em Educação Física e tudo.

Uma década depois da decisão de eliminar o par pedagógico na disciplina de Educação Visual e Tecnológica, com toda a polémica que esteve associada ao economicismo de uma decisão que não tinha qualquer fundamento pedagógico, eis que na “telescola”, em estúdio, sem alunos presentes, o par pedagógico regressa para disciplinas em que só existiu em situações excepcionais (caso da coadjuvação em turmas mais problemáticas).

O que nos pode levantar a fundamentada esperança de que o tão anunciado modelo de “Educação para o século XXI” nos traga o regresso do par pedagógico, agora para mais disciplinas do que anteriormente. Porque, e sei que me repito mas quero sublinhar bem a ideia, se são necessários dois docentes para assegurar “aulas” à distância de 30 minutos, o que se dirá de aulas de 90 minutos, com 25 a 28 alunos ou, quando as turmas são pequenas, com vários casos que precisam de um acompanhamento individualizado?

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O Que Está Na Ordem Do Dia

A superioridade moral dos que “nesta vida” (cito um comentador no meu mural do fbook), procuram “soluções” e recusam colocar “problemas”. Está na ordem do dia um certo grupo colocar-se em bicos de pés, como se estivesse a salvar a Nação de qualquer coisa, afastando de forma complacente e usando os métodos que dizem criticar qualquer tipo de objecção. Lêem as mais suaves críticas como ofensas imensas e reclamam pelas sugestões apresentadas há um mês, que não leram ou desprezaram. Insistem em apresentar como “novo paradigma”, o que são metodologias requentadas em tempos de crise. E eu estou farto dessa conversa da treta, em que por “trabalho colaborativo” entendem alinhamento acrítico nas “soluções” saídas de uma profissionalização dos anos 90 do século passado, com mais ou menos vídeo-coisas. Há pessoal que insiste em confundir a novidade do meio, com novidade da mensagem ou do método. Criticam as aulas “antiquadas”, em que os professores falam para os alunos e depois substituem-nas por aulas em que falam para os alunos através de webcams. Há quem não seja capaz de perceber o que é realmente uma inovação (e não recuperação de coisas dos anos 60 e 70 do século XX ou mesmo anteriores), mesmo que ela lhe bata na testa em forma de bigorna digital. Mais grave, quem continue com a mentalidade burrocrática dos labirintos processuais e de representação administrativa de sempre, mesmo que envernizada com termos como “paradigma”.

Phosga-se!

Que fartura de auto-satisfações.

Vão-se encher de moscas.

Façam como os outros… pelos corredores arranjem forma de serem recompensados com isenção de quotas e sejam todos excelentes.

Pudesse eu decidir e havia malta que, de tanta boa vontade e sentido de “dever para com os alunos”,  levava com uma enxurrada de comendas (virtuais, claro) no 10 de Junho.

Haddock

(há problemas óbvios com algumas plataformas? é alarmismo! chama-se a atenção para o erro que será pensar numa avaliação equitativa nestes moldes? as desigualdades sempre existiram! o currículo da nova telescola é esquelético? o que é que querem, fariam melhor?… enquanto as reacções forem deste calibre, percebe-se que o diálogo com visões diferentes das coisas é profundamente indesejado. as sebentas saíram do arquivo… têm a resposta certa e sebastiânica para tudo…)