Porque Não Estou Tranquilo?

Porque de acordo com os dados disponíveis, apesar do número de mortes não ser muito elevado, ainda somos o 16º país com mais casos confirmados de covid-19 e os países que nos são mais próximos (Espanha, França, Itália) estão em 2º, 3º e 6º lugar (sendo que o 4º e 5º são o Reino Unido e a Alemanha).

A Dinamarca e a Noruega estão a “reabrir”? Pois, mas o seu número de casos é um terço do nosso e os mortos menos de metade ou de um quarto, respectivamente. E a dispersão da população faz mais lembrar o Alentejo do que o nosso litoral.

Covid

O Grande Irmão

Isto não está nada bem explicado. Porque se é sem acesso a identificação para que serve? Se é para aceder à identificação (sim, eu sei que isso já pode ser feito através de diversos meios e por razões menos sanitárias), é capaz de servir para criar uma base de dados um pouco delicada… porque quem nos garante que desaparece com o “fim” da pandemia? E, note-se, eu não tenho nenhum zingarelho com gps… ainda ando pelo paleolítico digital com um orgulhoso dumbphone.

Costa admite possibilidade de a DGS ter acesso a localização de telemóveis dos cidadãos

O aviso de que uma pessoa esteve em contacto com alguém contaminado com covid-19 seria feito sem ter acesso à identificação.

BigBro

Dia 36 – Os Entusiastas Da Epidemia

Podem bater-me o que entenderem, mas se não querem críticas, então não andem a dizer que o “espírito crítico” é essencial do “Perfil dos Alunos”, porque aquilo de que gostam é de carneirada. Se estivesse lá, faria melhor? Não sei, mas certamente não fugiria a críticas e justificaria as opções em vez de tentar calar quem não diz amén sem reservas como nas missas.

O que está a ser feito em pouco tempo é meritório, tem algumas qualidades, mas é uma solução de recurso, com evidentes fragilidades e, apesar de algum grafismo animado, dificilmente se pode considerar um grande (ou pequeno) avanço na forma de conceber a Pedagogia ou mesmo a Didática. Estamos num período de emergência, ao nível político foram definidas prioridades e tomadas decisões e eu compreendo isso. Mas é escusado estar a pensar que se fez alquimia, porque não.

Contudo, em nome de uma espécie de “união sagrada” parece ser proibido criticar seja o que for e, pelo contrário, abdicar de qualquer capacidade reflexiva. Como se tivéssemos dado um súbito salto para uma qualquer ditadura da opinião, os “entusiastas da epidemia” tratam como se fosse horrível meliante quem apontar falhas à metodologia das aulas síncronas por videoconferência, ao empilhamento de planificações diárias, semanais e mensais, bem como aos relatórios de presenças (mesmo se não se devem marcar faltas) e de monitorização e avaliação das aprendizagens (mesmo se criticam as visões limitadas da “avaliação”).

diario