Para permitir a “retoma” da Economia, certo?
(o problema nem são as crianças mas, como já disse, as deslocações e contactos de adultos que isso implica…)
Para permitir a “retoma” da Economia, certo?
(o problema nem são as crianças mas, como já disse, as deslocações e contactos de adultos que isso implica…)
A crónica mensal, mais longa dos que os verbetes diários, com propostas que, já sei, os situacionistas dirão que não foram feitas. Ou que nem interessam a ninguém, porque o que lhes interessa é a encenação de uma pseudo-novo paradigma.
A multiplicação insana de novos mecanismos de controle do trabalho docente e de representação dos actos pedagógicos ganhou em algumas “unidades orgânicas” um nível inaudito de desvario. Ou as novas tecnologias servem a Educação e os seus agentes ou servem apenas para uma nova forma de servidão laboral, só que com o verniz da modernidade digital.
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Porque o modelo hierárquico de liderança, baseado na nomeação e fidelidade, aliado a esta forma de decidir tudo à distância, também acentuou o que de pior tinha a lógica neo-feudal de governação das escolas e agrupamentos. Também aqui a retórica das boas enunciações acerca do “trabalho colaborativo”, da “partilha dos materiais e métodos de trabalho”, da “cooperação” não tem qualquer correspondência na prática, porque o que tem acontecido é – com naturais, honrosas e admiráveis excepções – que grupos pequenos e cada vez mais estanques têm assumido o domínio total das decisões tomadas, raramente reagindo bem a críticas ou pedidos de “aclaramento” dos procedimentos.
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Um “novo paradigma” não pode ser o mesmo de sempre em termos de procedimentos + computadores + sessões à distância em sincronia. Caso contrário é apenas o velho paradigma com roupagens novas.
Quanto às escolas, anuncia-se um regresso do Secundário nas disciplinas com exame do 11.º e 12.º ano, mas em regime “voluntário” por parte dos alunos. O que pode parecer razoável, mas levanta mais questões do que lhes responde. E quem optar por não regressar às aulas presenciais?
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Há duas semanas para que tudo isto seja devidamente esclarecido. Porque definir datas deveria ser depois de o essencial estar devidamente preparado. Mas parece que o importante é fazer anúncios. O resto, logo se vê.
A quarta e última crónica de Abril. Os testemunhos dos alunos que tenho recolhido são mais numerosos e alguns bastante interessantes, pelo que esta é apenas uma breve amostra.
E o que vivem e pensam os alunos?
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Logo que começou o 3º período e se (re)estabeleceu o contacto com os alunos no modelo de “tele-ensino”, não me interessou muito a solicitação apressada de tarefas com base nos conteúdos programáticos ou tentar criar uma (impossível) sensação de “normalidade”.
Em vez disso, interessou-me saber como estavam, qual a sua experiência desde o início do confinamento, como ocuparam o seu tempo, como evoluiu o seu estado de espírito, o que mais lhes agradou ou desagradou em todo este novo contexto.
Despite Trump’s Nudging, Schools Are Likely to Stay Shut for Months
Most districts have no plans to end online lessons soon, and reopening will bring significant changes, educators say.
Alguma confusão, entre a vontade de uma data clara para a “retoma” por parte do Presidente e uma maior prudência do governo.
Déconfinement : contraint par le choix présidentiel du 11 mai, le gouvernement a choisi d’écouter les avertissements du conseil scientifique
Le premier ministre a averti, mardi, qu’il allait falloir « vivre avec le virus » et souligné « le risque d’une seconde vague ».