(embora a tutela prefira sempre a CONFAP para “dialogar”…)
A CNIPE ESTÁ PREOCUPADA COM REGRESSO DOS ALUNOS À ESCOLA (COVID-19) A 6 SEMANAS DE CONCLUIR O ANO LETIVO!
O Governo acaba de anunciar um conjunto de medidas para o regresso à normalidade, de forma faseada, no combate à pandemia de Covid19, no que se refere especificamente ao regresso às aulas presenciais dos alunos do 11o e 12o anos.
As Escolas acabam de receber um conjunto de orientações, nomeadamente “Cautelas a adotar quando forem retomadas as aulas presenciais: desinfeção prévia da escola pelas Forças Armadas; uso obrigatório de máscara; dispensadores de gel desinfetante à porta de cada sala de aula, com uso obrigatório à entrada e à saída.” (Fonte: covid19estamoson.gov.pt), os alunos estarem sentados individualmente na sua carteira, terem de permanecer nos intervalos dentro da sala de aula (parece-nos algo absurda este tipo de orientação ), podem haver alunos que distam da sua escola e podem recorrer a outra escola para aula presenciais.
As orientações de hoje refere que as aulas devem regressar para as turmas de exame (e não para os alunos que vão ter exame), aumentando o risco de mais pontos de contacto/potencial contágio.
Esperemos que tal não venha a acontecer mas, vamos colocar em cima da mesa confirmar-se o contágio de covid19 numa escola nesta fase! O que vai acontecer? Os alunos desta escola vão ser dispensados dos exames? Há necessidade dos nossos filhos correrem este risco?
Pelos relatos conhecidos publicamente ainda não estão reunidas as condições de desinfestação e higienização das escolas.
Destas discrepâncias resulta alguma desconfiança. Exemplo disso são várias as consultas que referem que a maioria dos pais não se sente seguro em deixar os filhos regressarem à escola.
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/covid-19-mais-de-metade-dos-inquiridos-contra-reabertura-das-escolas-secundarias-em-maio#_swa_cname=sapo24_share&_swa_cmedium=web&_swa_csource=facebook&utm_source=facebook&utm_medium=web&utm_campaign=sapo24_share
Ainda Citando o Observatório de Políticas de Educação e Formação da Universidade Lusófona, “Mais de metade da amostra (56,7%) não concorda com a reabertura das escolas no ensino secundário no mês de maio, embora 37,5% concordem, desde que mantendo o distanciamento físico”, de acordo com o inquérito do Observatório de Políticas de Educação e Formação (OP.Edu).
Este regresso será alegadamente para que os alunos tenham contacto com os seus professores antes dos exames, que lhes permitam preparar-se melhor para essas provas. Contudo, prevê-se uma dinâmica diferente daquela a que os alunos estão habituados desde há muitos anos, o que não contribui para o objetivo previsto. Em suma, a coberto de um argumento válido, pensamos que se procura um grupo-alvo de estudo em meio semi controlado para que se teste a imunidade coletiva. Não se pode permitir isto, pois os nossos filhos e educandos não são cobaias.
Por outro lado a experiência recente do apoio dado aos alunos através da net tem sido fundamental e positivo. Entende a CNIPE que esta metodologia devia continuar e no caso dos nossos filhos e educandos terem dúvidas ou outro tipo de necessidades educativas, pode e deve ser o professor a regressar à escola e proporcionar o esclarecimento de dúvidas que exijam a utilização de quadro e outros meios que pode não ter na solução de teletrabalho.
Tendo em consideração todo o exposto, a CNIPE colca todas as reservas no regresso dos seus filhos à escola no próximo dia 18 de maio por não estarem reunidas condições que lhes permitam retomar as aulas com segurança, mesmo com as restrições anunciadas e outras orientações que nos parecem absurdas.
No caso de todas estas dúvidas, a melhor opção será que os nossos filhos podem não REGRESSAR à ESCOLA e tudo vai ser feito para acompanhar os mesmos na vida escolar.
Marinha Grande, 05 de Maio de 2020

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