Depois do claro e inequívoco apoio de António Costa à recandidatura de Marcelo, num espírito de equipa que nada quebrará, há quem ande a tentar que Ana Gomes faça de Manuel Alegre ou, ainda mais improvável, de Sampaio da Nóvoa. A ideia não é tanto apresentar seja quem for “da área do PS”, mas sim daquela área à esquerda do PS que gostaria de ter um candidato como Jorge Sampaio e não o terá tão cedo. A candidatura de Ana Gomes é para a queimar ali nos 20% de votos, mesmo que tenha o apoio do Bloco, pois o PCP tem quase sempre um novo Octávio Pato e deve aparecer um qualquer candidato ali da zona liberal-conservadora (em Portugal, a teoria política é singular). Uma candidatura de Ana Gomes seria ideal para o próprio Marcelo, desejoso de um plebiscito nacional, mas ao mesmo tempo a necessitar de um@ oponente vagamente ameaçador@ a quem possa com paternalismo afectuoso. Uma candidatura para perder com “dignidade”, esse oxímoro quando surge ao mesmo tempo que a expressão “política nacional”.
Uma eventual vantagem: agregar alguns votos dos descontentes com os sistema que eventualmente votariam no ventura.
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Exatamente. Mais do que disputar uma segunda volta a Marcelo, Ana Gomes obriga-o a demarcar-se de um bloco central que não questiona o reacionarismo da direita antidemocrática, e ainda conquista votos em setores populares atreitos a votar no populismo de direita. E ainda deve perceber-se: qual o problema de ser o Alegre de Cavaco?
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Não me parece que obrigue o Marcelo a demarcar-se seja do que for, porque Costa e Rio o apoiam, o primeiro com mais vontade do que o segundo.
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Um autêntico toma lá , dá cá!
Acho lamentável e contribui para a política ser ….isto.
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