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Quando leio ou ouço alguém a multiplicar êxtases e arrebatamentos com sessões de Zoom ou Teams ou com classrooms virtuais, salta-me logo aquele preconceito que me faz pensar que estou perante alguém que tem uma noção muito diferente da minha do que deve ser a dimensão humana da Educação, com o mínimo de mediações. Fico a pensar que é gente que considera um consolado jogo de FIFA 2020 mais interessante do que o futebol ao vivo, ele mesmo, apesar dos nossos dirigentes, comentadores e árbitros.
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Li há uns dias alguém a dizer que esta crise tinha sido um “abridor de olhos” para o papel essencial dos professores em aulas presenciais. Penso que a expressão se aplica apenas a quem tinha os olhos fechados para isso e já estava a navegar virtualmente há uns tempos.
Por estes lados, essa gente a que o Paulo se refere é exatamente a mesma que já vinha deslumbrada com a flexibilização, a colaboração, a autonomia e afins. Quando o dono passeia o cão é este que vai na frente.
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Há determinados grupos ali pelo FB cujos(as) dinamizadores(as) parecem aqueles representantes das herbalifes, aspiradores arco-íris e afins, que quase se prontificam a fazer demonstrações ao domicílio das mais-valias educacionais das suas marcas de eleição no campo das plataformas informáticas. quando todos sabemos que a almejada visibilidade pretendida virá sempre acompanhada de ganhos monetários ou material informático dos patrocinadores oficiosos, por um lado, e tachos a criar, por outro.
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