Dia: 31 de Maio, 2020
Pelo Mundo
Why Are Stocks Soaring in the Middle of a Pandemic?
Wall Street and Main Street are on two different planets. We asked six leading experts why.
Will Urban Uprisings Help Trump? Actually, They Could Be His Undoing.
As a historian, I’ve spent a lot of time looking at the fallout from Watts and other rebellions.
How China Is Planning to Win Back the World
As its global image takes a big hit, the Chinese Communist Party is using an arsenal of spin, obfuscation, hyperbole, and outright disinformation to win back its reputation.
How Covid-19 is transforming Russia’s power structures
As Putin’s popularity falls while that of governors rises, the old centralised system is in flux.
Ainda Ficam Por Cá Com Ideias…
Memórias
Pela Holanda
How virtual ‘home visits’ helped a Dutch school reopen
One international school explains how video calls with parents and pupils helped to ease any anxiety about reopening.
How did Dutch pupils react to going back to school?
Child wellbeing is a key priority many schools will be focusing on when they return – a teacher in The Netherlands offers insights on how staff at her school have seen children react and adapt.
Dia 74 – Saturação
Agora já com o link para o Educare.
Na última conversa síncrona com os alunos da minha direcção de turma, foi notório o cansaço de todos com este modelo de E@D, não um cansaço físico ou intelectual com o excesso de tarefas, mas um cansaço nascido do que se tornou uma rotina que perdeu novidade, interesse e capacidade de os cativar. A pergunta feita mais vezes foi “quando é que são as matrículas?” ou “como são as matrículas para o ano?”, porque a cabeça da maioria já deixou este ano lectivo para trás.
Não é caso único, pois cá em casa existem três canais de informação em primeira mão sobre o que se passa nas escolas, para além de todas as conversas que se vão mantendo pelos canais digitais. E começam a acumular-se as evidências de que este “modelo”, que a alguns entusiasma, aos alunos nem por isso. E não há rap telescolar para os petizes ou gamificação das aprendizagens para os mais velhos que salve a sensação geral de desgaste. Sim, o ensino de base quase exclusivamente tecnológica e digital pode tornar-se tão ou mais aborrecido do que o presencial de recorte “tradicional” e talvez esta seja a conclusão que muita gente não terá coragem de assumir.
Depois das primeiras semanas de descoberta (apara quem já não as usava) de algumas novas ferramentas de trabalho, começou a instalar-se um efeito de repetição em que até o espaço da sala de aula começa a ser recordado com saudade pelos alunos que antes diziam detestá-la. Sim, o digital é menos interactivo do que o humano e essa é uma outra conclusão que poderiam fazer por não encobrir. Não há plataforma que chegue aos calcanhares de um professor mediano. E nem @ mais criativ@ d@s docentes em meios digitais consegue impedir que se instale uma evidente saturação com uma solução que poderá ser uma “alternativa” em tempos de crise, mas dificilmente o “novo paradigma” que melhorará o gosto dos alunos pela escola ou o seu desempenho.
É verdade que funciona bem como “tempero”, mas não satisfaz como prato principal.
Temos ainda mais quatro semanas para cumprir, em especial no Ensino Básico, num tempo cada vez mais penoso, pois todos sabem que, salvo excepções, para o ano teremos – se for possível o regresso em segurança ao modelo presencial – de fazer novamente boa parte deste caminho. O prolongamento do ano lectivo foi uma decisão que se revelou mais errada a cada nova semana que foi passando. Agora já só podemos mitigar s situação e fazer os possíveis por transmitir a esperança, que nem sempre temos, aos alunos de que para o ano será diferente. “Mas será melhor?” perguntam-me os mais perspicazes. E eu que nem conheço o emoji certo para o encolher de ombros com ar de quem não faz a mínima ideia, não tenho resposta.
Pensamentos Da Pandemia – 16
A maioria pode continuar a cumprir as regras básicas de bom senso e uma minoria até estar ainda no regime antigo, em que qualquer proximidade num raio de 50 metros leva a olhares desconfiados e tons claros de desconforto e mesmo zanga. Mas basta uma minoria significativa ter assumido que tudo já passou para que muita coisa se estrague. Havia vírus, agora já não há. Foi uma espécie de milagre com pós instantâneos de perlimpipim imunitário. Até eu que não me destaco pela enorme preocupação pessoal com todos os protocolos anti-contágio vou ficando abismado por estes dias com a rapidez da “retoma social”, sejam as horas em debandada para a praia (as imagens televisivas da Comporta são um hino às brincadeiras dos pobrezinhos), seja a reconquista das esplanadas, seja a despreocupação com que magotes de gente passaram a concentrar-se com o sorriso de quem venceu a terceira guerra mundial só com um tubo de cola e uma caixa de fósforos.
Quanto regressar o futebol, vai ser a rentrée da temporada do arroto e perdigoto no café da esquina, para mais com jogos todos os dias ou quase.
O engraçado que em relação à retoma laboral ouvem-se muitos receios quanto à segurança, vejam lá aquilo na sonae e tal. Nestas alturas sinto quase um joãomiguel, mas sem a fixação nas escolas.