Os números, divulgados esta sexta-feira no boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS), dão conta de mais 30 pessoas internadas, para um total de 475, das quais 64 estão nos cuidados intensivos (mais seis do que na quinta-feira). O aumento de pessoas hospitalizadas é o maior desde 7 de Maio, em que deram entrada nos hospitais 36 pessoas, e desde 18 de Abril que não eram admitidos tantos doentes em unidades de cuidados intensivos.
Recuperaram da infecção pelo vírus SARS-CoV-2 mais 203 pessoas, o que faz aumentar o número total de recuperados para 20.526. Excluindo estes casos e os óbitos, há 11.978 casos activos em Portugal, o valor mais alto desde 23 de Maio, um dia antes de ter sido aplicada a estratégia de contagem que tem sido utilizada desde então.
Dia: 5 de Junho, 2020
Foi Mesmo Antes Do Confinamento
Só agora dei por estar online. Como uso o blogue também como uma espécie de arquivo pessoal, fica por aqui, até porque se relaciona com o que é a “mudança” e qual o seu interesse (ou não). E é curtinho. E a parte final tem tudo a ver com o que vivemos nestes últimos meses.
Estado Da Petição 84/XIV/1
(Por que não devem reabrir as escolas para o ensino secundário.)
Claro que quem a assinou recebeu indicação há uns dias de que estaria arquivada. Foi comunicado às primeiras peticionárias se “tendo presente que as escolas do ensino secundário e agendamento dos respetivos exames ao ensino superior já se encontram em vigor, questionamos se pretende manter a petição ou desistir da mesma”. Após alguma ponderação, achou-se por bem que a questão continua a merecer ser discutida, por forma a aclararem-se as posições, em especial dos “pragmáticos” que são contra os exames até serem mesmo confrontados com a possibilidade de, no mínimo, os suspender.
Pelo que a colega Maria Sanches Ribeiro, recebeu hoje a comunicação de que “foi deliberado pela Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, na reunião plenária do passado dia 02 de junho, admitir a petição em epigrafe”.
E poderão questionar… de que serve agora ir discutir o assunto? Não é facto consumado?
E eu, que até sou da facção pró-exames em circunstâncias normais, respondo que continuo a achar relevante que porfírios e afins assumam as suas posições com clareza, com maior ou menor enfado, maior ou menor displicência.
Acho Difícil Conter Este Verdadeiro Vírus Da China
Muito mais daninho para o país do que qualquer outro.
O Ministério Público requereu ao juiz do caso EDP que o presidente da EDP, António Mexia, e o presidente da EDP Renováveis, Manso Neto, sejam suspensos das suas funções. As medidas de coação incluem ainda o pagamento de uma caução de dois milhões de euros.
(em outros tempos seria defenestrado após um par de chumbadas no lombo… agora deverá escapar como escapam todos estes tipos que vendem a pátria por 30 milhõe4s de moedas)
E Agora? Vou Até À Serra De São Luís Ao Pé Coxinho?
Depois do SE Costa, é o mais costistas dos costistas em exercício na Educação a vir alinhar com a tese do “remedeio”. David Rodrigues vem dizer que vivemos uma “pobre imitação” da escola, depois de muita outra coisa ter sido dita e escrita sobre este ser o verdadeiro caminho para repensar a Educação. Quando o ministro da Economia promete uma enxurrada de meios digitais para as escolas, esta reacção faz-me pensar que algo mais anda a pass(e)ar por aqui. Porque tudo isto já tinha sido percebido há quase um trimestre e tão doutas mentes só agora perceberam que a realidade é o que é? Porque eu ainda me lembro de muita prosa por aí, até no Jornal de Letras onde, todos os meses, fiz o papel de desmancha-prazeres e “velho do Restelo” ao sublinhar o que só agora lhes parece ter ocorrido.
Há uma ou duas teorias que podem explicar esta inversão de marcha na retórica e o abandono do voluntarismo tecnológico da segunda quinzena de Março e todo o mês de Abril, mais umas coisas ainda a salpicarem por Maio dentro (não me esqueci da prédica do David sobre a distinção entre “diferença” e “desigualdade”, como se os críticos do “remedeio” fossem estúpidos). Foi o calor que lhes acelerou os neurónios? Perceberam que continuar assim no próximo ano seria cavar um buraco enorme de onde seria muito difícil sair? Que não chegam formações apressadas da treta e webinars mais ou menos vácuas (ontem, uma colega dizia-me que esteve recentemente três horas a assistir a uma que se poderia resumir em 20 minutos de coisas quase todas conhecidas e repisadas) para avançar destemidamente para o que seria uma absoluta distopia?
Acreditemos que algumas destas personalidades (e aposto que outras aparecerão em breve no mesmo sentido, deixando pelo caminho muita orfandade) ganharam senso. Resta saber se ganharam vergonha na cara.