E É Preciso Mandar Informar Isto?

A autonomia que dizem existir não permitiria que as chefias locais chegassem a tal conclusão, acerca da telemática possibilidade da não presencialidade? Ou agora só com a coisa escrita? De certa fotma, entendo?

Ex.mo(a) Senhor(a) Diretor(a) de Escola /Agrupamento de Escolas
Ex.mo(a) Senhor(a) Presidente de CAP

Tendo chegado à DGESTE pedidos de informação sobre a realização dos conselhos de turma do 3.º período, encarrega-nos o Secretário de Estado Adjunto e da Educação de informar que, dadas as circunstâncias, as reuniões de conselho de turma de avaliação poderão, neste ano letivo, ser realizadas não presencialmente através de meios telemáticos de comunicação síncrona. Importará garantir que todos os docentes têm acesso à documentação necessária e que estão garantidas as condições que permitem não só a participação de todos os docentes, mas também a tomada de decisão colegial nos termos legais.

Com os melhores cumprimentos,

João Miguel Gonçalves

Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares

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Nota Informativa Da DGAE Com 11 Páginas Sobre Avaliação Do Desempenho E A Formação Contínua

Parece-me estranho que seja preciso repetir matérias por demais legisladas, mesmo se esquecidas por muita gente. Acho interessante, por outro lado, o espaço ocupado pela questão dos recursos para o Conselho Geral (há uns anos, a DGAE não se dignava sequer em esclarecer estas matérias) e aquela espécie de apostilha final sobre a formação contínua.

Fica por aqui a dita cuja: nota-informativa-add-e-formacao, que nas propriedades tem umas informações divertidas. É mais um daqueles documentos feitos em cima de outros (neste caso um de 2016/17???).

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Webinar 2

Sobre Ensino e/ou Aprendizagem a Distância: O Presente e o Futuro, que é tema que vai sendo incontornável. Organização da Pró-Ordem com lotação esgotada. Como foi gravada e vai ser colocada online, não vou fazer grandes resumos, porque poderão ver o que se passou e o que foi dito. A minha mensagem, nestas coisas, procura ser simples e clara. E, muito em especial, olhando a realidade sem ser pelas lentes de certas ideologias que prometem muito, mas depois de espremidas dão pouco sumo e ainda menos polpa.

Pontos de maior insistência minha, assim na base da memória dos meus rabiscos apontados, que eu detesto levar fórmulas acabadas para estas coisas.

Quanto ao presente. Terminologias à parte, isto foi uma situação de emergência, que se desenrascou nos limites da possibilidade e do voluntarismo, com o erro comum de muita gente ter começado a prova demasiado depressa e estar a acabá-la de rastos. A pausa da Páscoa deveria ter sido melhor usada para pensar um 3º período diferente do que foi este e em vez de se insistir muito em aprendizagens e “avaliação a sério”, a prioridade deveria ter estado na preparação dos alunos para uma situação como esta. Mas havia gente com capacidade de pressão ou decisão que achou que a mensagem para a opinião pública deveria ser outra e, em vez de prepararmos o futuro, fingimos que o presente foi outra coisa.

Quanto ao futuro. Ninguém sabe como será, por mais “cenários” que digam que estão ser preparados. Há uma (quase) certeza: o que não foi feito, terá de o ser. Em Setembro e Outubro. Os alunos, em especial no Básico, precisam de ser ensinados sobre a melhor maneira de trabalharem numa eventual nova emergência. Seja em ensino presencial ou remoto. Não me interessa tanto a “recuperação de aprendizagens”, mas mais a capacitação dos alunos para usarem os meios digitais de um modo proveitoso em termos proveitosos para aprendizagens significativas. Por outro lado, a Escola está sempre a renovar-se e chateia-me solenemente aquele chavão requentado da necessidade de recriar isto e aquilo. Ando há décadas a ouvir mensagens sobre a necessidade de reformar a formação de professores, mas muito pouca prática. Já era tempo de deixarem de enunciar para praticar, sendo a melhor metodologia a do exemplo.

Por fim, avançamos quando confrontamos perspectivas diferentes e conseguimos dialogar e criar algo novo. Conversas fofinhas em circuito fechado, em que todos acenam a cabecinha quando lhes mandam, são para mim a negação de qualquer ambiente de aprendizagem de gente adulta. A evolução fez-se através da diversidade, não da conformidade.

Webinar ProOrdem

What Have We Done To Deserve This?

Penúltima sessão “síncrona” com a minha DT (8º ano). Presença de 12 alunos (dos 18 em 21 que desde o início foram participando). Uma subida em relação à semana passada (10), mas a mesma sensação de já não estarmos aqui. Para além das saudações iniciais e finais, penas 4-5 a colocarem questões sobre matrículas e computadores para o próximo ano. Mas tudo muito telegráfico. Alguns dos ausentes a serem detectados online a jogar na ps4 pelos colegas. Já perceberam há algum tempo as coisas. Estiveram quase desde o início com os olhos abertos. Por maioria de razão em todo este anómalo 3º período. mas o que se faz em on é detectado em on e é fácil saber quem não aparece por não poder e quem o faz por não querer. Mas tudo isto é mesmo um longo estertor, inexplicável em muitos aspectos, embora eu saiba que existe gente competentíssima, que consegue motivar multidões de alunos, se necessário for, dançando a macarena enquanto ensina a ascensão do liberalismo no Antigo Regime ou as propriedades dos feldspatos ao entardecer. Gente que levaria isto atém ao infinito e mais além, nem que fosse para provar que têm razão, são @s melhores e tod@s os outros uns ineptos.

To Infinity And Beyond

Mas Para A Chamada “Escola Digital” É Um Grande Favor Arranjarem-se Uns Eventuais 400 M€

Injecção no Novo Banco em 2021 é automática em “cenário de extrema adversidade”

O Presidente da República ficou “estupefacto”, mas o contrato de compra previu que em “circunstâncias de extrema adversidade”, como uma pandemia, o Estado é forçado a injectar automaticamente o dinheiro necessário para manter o banco dentro das metas de solidez definidas.
É impressão minha ou o PR parece estranhamente desinformado?
black hole