Dia: 25 de Junho, 2020
Os Pândegos
Lia há pouco um texto que me enviaram contra a redução do número de alunos por turma que, entre outros “argumentos”, usava a escassez de espaço para um “terço suplementar de aulas”. Logo agora, depois de tanto se escrever sobre a diminuição do número de alunos no sistema de ensino, em especial no Ensino Básico, dá vontade de rir. E nem se fala no encerramento de escolas. E não há professores? Se for em horários completos, desde o início do ano, verão como aparecem.
Realmente, há malta que deveria ter um pouco de senso quando tenta “argumentar” em modelo cortesão, não é, David?
A Dor Das Famílias
Onde se lê “nada substitui o ensino presencial”, no contexto de algumas prosas, poderia ler-se “não há [pi-pi] que aguente ter a petizada em casa a mexer-nos no computador a toda a hora e a fazer perguntas e a interromper-nos”.
Muito do que se lê está correcto, mas… o pessoal sabe onde e a quem doeu mais.
Cortez, Pá, Eu Gozei (Baixinho?) Com A Coisa
Não sei se foi alto e bom som, porque não ouviste, mas poderias ter lido. Só que a coisa foi tão pífia quanto as idas à Cristina (salvo seja), que por vezes não mereceu mais do que uma nota final num post. Mas fica bem lembrarmos Castoriadis, sim, senhor.
Professores no “Preço Certo”: a ascensão da insignificância
A Contingência Fica Entre O Alerta E A Calamidade
A semântica é todo um mundo muito próprio dentro deste universo do discurso político-epidemiológico.
A Velha Normalidade
A Razão É A Mesma
Há uns anos praticamente parei de publicar fotos com repastos, iguarias e petiscos diversos do meu trajecto gastronómico. Porque, depois de variadas críticas iniciais (umas benignas e bem dispostas, outras nem tanto), reparei que grande parte das pessoas começara a fazer algo parecido, aderindo intensamente ao food porn, desaguando nas recentes e raramente agradáveis fotos de coisas que passam por ser pães (e derivados) de produção artesanal, que um mínimo de bom gosto deveria desaconselhar publicitação.
Agora, é aquela coisa de se dizer que o E@D falhou e que não se pode repetir tal como aconteceu nos últimos meses. Como desde a segunda quinzena de Março que fui escrevendo sobre as limitações de um “modelo” que não era mais do que um desenrascanço que deixava muita gente de fora, sinto-me agora mal acompanhado por algumas das pessoas que então me criticaram, embora nem sempre com a coragem da frontalidade (falo, claro e a título exemplificativo da flexibilidade vertebral, do doutor saudável, sem vinagre). E também noto que algumas críticas não são propriamente benignas, no sentido de se criarem bases sólidas para uma futura situação de crise (mantenha-se a actual ou surja nova), mas sim de evitarem passar pelo “inferno” de ser professores com 1, 2, 3 ou mesmo 4-5 crianças (são opções parentais, que parecem só se assumir até certo ponto) em casa.
O E@D foi uma espécie de coisa que aconteceu e de que muitos dos promotores andam agora a dizer coisas que outros escreveram meses antes, por perceberem em que terreno andamos e não aderirem à teoria das nuvens alvas em céus límpidos. Por isso, acho que vou deixar de dizer tão mal do ensino remoto porque (basta ver boa parte das ligações que o Livresco me envia sobre o tema) ainda posso ser confundido com alguns vira-casacões.
Keep It Simple
Há já quem tenha ligado (mais uma vez, caso tenha feito interrupção) o complicómetro. Há quem, realmente, tenha dificuldade em pensar com simplicidade e não transformar o que se pode fazer em um ou dois passos num longo caminho.
(o que me faz lembrar aquela pessoa que, numa webinar, tanto quis mostrar como se faziam as coisas que acabou a não o conseguir, demonstrando a invalidade de algumas pretensões)