Homem, Calado És Um Poeta!

Não tentes teorizar com base em guiões. Ninguém acredita que percebas mais agora do que há 5 anos. Debitas chavões. Vai para a sombra. Não chateies. Não qualifiques as atitudes e opiniões dos outros, que percebem mais disto num dedo mindinho do que tudo no corpo todo. Se tivesses algum decoro, ias-te embora, arranjavas um lugar qualquer que não fosse o de ministro durante dois mandatos graças a um imenso vazio. Já tive alguma reserva, mas quando escreves num espaço de “Direita” (de acordo com os teus maniqueísmos mentais) prosas da treta, só me apetece puxar do vernáculo.

Poupa-nos!

E o AHC poderia ter-nos poupado a isto, mas não resistiu.

Será que entendem que há toda uma geração de professores(zecos) que, de forma mais pou menos assumida, só tem vontade de vos mandar à [pi-pi-pi].

O ano em que a escola se reinventou

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Termina, esta semana, o ano letivo mais dramático das últimas décadas, devido à pandemia que se espalhou por todo o mundo. É, portanto, tempo de fazer um balanço, em termos educativos, que nos ajude a preparar os próximos passos. Mas um balanço que entenda que a Educação ocorre no quadro da vida de uma comunidade e num horizonte temporal amplo, sem se compadecer com juízos especulativos, simplistas ou imediatistas.

(…)

Outra questão que esta circunstância demonstrou é que o já previsto Plano para a Transição Digital, um dos pilares do Programa do XXII Governo, constitui uma prioridade, também na Educação. Para isso, é necessária uma intervenção integrada, a par de soluções organizacionais, orientações pedagógicas e formação de professores.

Alcatrao2

Já Cheira A Rankings

Há quem torça o nariz. Eu prefiro saber. Até porque os que torcem o nariz, não o fazem pelas melhores razões, mas apenas por poeiras ideológicas, perdidas no tempo. Mais valia que tivessem feito algo durante estes meses para que algo mudasse. Em vez disso, andaram o tempo quase todo a acenar que sim, a ver se o chefe lhes dá um biscoito.

Ondas

Avaliar Não É Classificar (E Outras Coisas Parecidas)

Não será, mas não sei se é melhor para o aluno. De acordo com o significado mais comum (pode googlar-se, mas também se pode ir ao volume que ocupa espaço na estante), avaliar é “estabelecer a valia, o valor ou o preço de” (Aurélio), é “Determinar o valor de” (Priberam) ou definições equivalentes. “Classificar” é colocar numa determinada classe ou grupo. 

No meu escasso entendimento, a segunda pode decorrer da primeira, mas não a precede. Eu sempre avaliei, dando o valor a algo que foi feito, a um desempenho, mesmo quando isso vem com o nome de “classificação”. E confesso que certas distinções semânticas me deixam indiferente, quando o que interessa é o processo que leva a uma determinada avaliação e o que se faz a partir daí.

Se não deve usar-se uma escala numérica? Se deve fazer-se uma abordagem meramente qualitativa? Se devemos ver o aluno “como um todo”? Todas essas e muitas mais são formulações que pouco dizem sobre o porquê e para quê. E a verdade é que a “avaliação” ou “classificação” existem porque acabam por cumprir funções necessárias ao sistema educativo e não só. Basta reparar como tanta gente que gosta de entrar pela exegese destas coisas se rendeu à lógica da “avaliação a sério” e da realização dos exames, nem que seja em pavilhões no actual contexto.

Quando tiveram uma oportunidade para pressionar a mudança das práticas, ficaram-se pela cosmética das “metodologias” e das “ferramentas”, mas o essencial do modelo manteve-se intocado, mais semana, menos semana.

Ciclista Ape dhuez

O “Professor” Marcelo A Dar Um Empurrãozinho Ao Ministro Tiago

Pelo menos num canal noticioso, falava-se em “cerimónia de encerramento do ano lectivo”. A sério?

Visita à Escola Secundária de Fontes Pereira de Melo com o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, no dia em que termina o ano letivo 2019/2020

Não poderiam ter ido a uma escola de Loures ou da Amadora?

bullshit-detector

Quase O Fim Para Alguns Alunos

Os do Básico e do 10º. A quem ainda faltam as matrículas e mais uma série de coisas interessantes como devolver os manuais que deveriam usar para o ano, para a tal “recuperação das aprendizagens”. Para os professores começa a saga das reuniões, que podem ser muito simples, mas que há quem ache que se não for complicado, longo e chato não é a mesma coisa.

Para os alunos do 11º e 12º, bem como para os professores do Secundário, tudo está muito longe de terminar. Estou particularmente curioso com os procedimentos quanto à realização dos exames e respectiva classificação. Devem ver para aí dezenas de páginas de regras, guiões e mesmo tutoriais.

Há “infernos” que duram a quase eternidade.

Bigorna

(o que vale é que, na mente delirante de alguns, que nunca desmentiram as baboseiras, os professores são regiamente pagos por cada exame…)