Não será, mas não sei se é melhor para o aluno. De acordo com o significado mais comum (pode googlar-se, mas também se pode ir ao volume que ocupa espaço na estante), avaliar é “estabelecer a valia, o valor ou o preço de” (Aurélio), é “Determinar o valor de” (Priberam) ou definições equivalentes. “Classificar” é colocar numa determinada classe ou grupo.
No meu escasso entendimento, a segunda pode decorrer da primeira, mas não a precede. Eu sempre avaliei, dando o valor a algo que foi feito, a um desempenho, mesmo quando isso vem com o nome de “classificação”. E confesso que certas distinções semânticas me deixam indiferente, quando o que interessa é o processo que leva a uma determinada avaliação e o que se faz a partir daí.
Se não deve usar-se uma escala numérica? Se deve fazer-se uma abordagem meramente qualitativa? Se devemos ver o aluno “como um todo”? Todas essas e muitas mais são formulações que pouco dizem sobre o porquê e para quê. E a verdade é que a “avaliação” ou “classificação” existem porque acabam por cumprir funções necessárias ao sistema educativo e não só. Basta reparar como tanta gente que gosta de entrar pela exegese destas coisas se rendeu à lógica da “avaliação a sério” e da realização dos exames, nem que seja em pavilhões no actual contexto.
Quando tiveram uma oportunidade para pressionar a mudança das práticas, ficaram-se pela cosmética das “metodologias” e das “ferramentas”, mas o essencial do modelo manteve-se intocado, mais semana, menos semana.
O Meu Quintal 
Ora aí está.
Quando essa gente fala deveria existir contraditório.
Não há…é pena.
Existindo médias do secundário , exames com notas de 0 a 20 e entradas para a universidade através de números clausus… Tudo o resto é palha.
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Como sempre , disseste o que precisava de ser dito…A escola reflete a sociedade e quer queiramos quer não a classificação e seriação das pessoas no contexto profissional é uma realidade, por isso …de qualquer forma, a descrição qualitativa corresponde a uma banda numerica e é possivel também perceber um juizo de valor , qual a diferença em sabermos um número numa escala ou um juízo de valor ? Apenas a informação que o juízo de valor contém mas o número pode corresponder a um juízo de valor.
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O que se passa na minha escola é, no mínimo, hilariante! Toda a gente, no início do 3º período a dizer que sim e assado que agora era só avaliação formativa/qualitativa porque coitados dos miúdos e tal… Agora, na hora H, no fim do período, mandaram a avaliação formativa/qualitativa às urtigas e é um tal converter tudo em números até às centésimas em grelhas e mais grelhas… Ensandeceram de vez!
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Ah ah ah
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Puro ilusionismo semântico. Percebe-se a sugestão, mais tributária da pragmática do que da semântica e da etimologia, de que classificar é situar (encerrae) num ponto de uma série numérica e que avaliar é situar (sem fixar) num campo qualitativo. Todavia, é ou não verdade que o que encontramos as pautas são valores de escalas numéricas, sendo que no básico ela é, para todos os efeitos, equivalente a menções qualitativas? O que denunciei como ilusionismo semântico só se compreende atendendo à motivação real de quem o pratica: promover artificialmente o sucesso universal, independentemente de qualquer critério objectivo. Avaliação/classificação, valorização do processo/valorização do produto, facilitar a aprendizagem/ensinar — eis uma amostra de falsas dicotomicas, que assentam em pura ideologia. (Peço desculpa por escrever de modo mais elevado do que aquele que me caracteriza habitualmente na blogosfera.)
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Muita areia para a minha camioneta.
Avaliação assim e assado , classificação assim e assado … resumindo e baralhando …sempre puras e muito complicadas formas de dizer o mesmo .
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Fui ali buscar o dicionário de latim … mas isto é grego.
☹️
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