A Oeste (Ou A Este, Norte Ou Sul) Dos Rankings Nada De Novo

Há uns casos episódicos de sucesso em contextos desfavorecidos, mas são a excepção e, se repararem, raramente se repetem mais de um ano ou dois. No topo, os do costume (consultei só o Expresso e o Público). A esse respeito, como alguém que gosta de rankings e do máximo de informação possível, continuo a não perceber porque o ME divulga os dados dos resultados dos alunos dos colégios privados, mas continua incapaz de aceder (ou ceder) os dados do seu contexto familiar e económico (habilitações dos pais, incidência de alunos com A.S.E). A transparência não pode funcionar num único sentido. Pessoalmente, ou divulgamos todos a receita ou não se aparece no top do masterchef.

As restantes discussões (com quase 20 anos) e os “argumentos” sobre a utilidade dos rankings ou sobre o que verdadeiramente avaliam estas seriações já me passam ao lado, porque a cada ano são menos originais e mais chatas.

ardina

10 opiniões sobre “A Oeste (Ou A Este, Norte Ou Sul) Dos Rankings Nada De Novo

  1. Toda a razão , Paulo.

    … ” mas continua incapaz de aceder ( ou ceder ) os dados do seu contexto social e económico ( habilitações dos pais , incidência de alunos com A.S.E ). A transparência não pode funcionar num único sentido. “…

    É mesmo muito evidente .

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  2. Claro que o contexto social tem importância, mas não me parece que para os frequentadores de colégios privados esse contexto se tenha alguma vez alterado. Já as posições desses colégios nos “ranking” sim, nos primeiros anos em que foram publicados as primeiras escolas eram públicas. Depois, de um ano para o outro, passaram a ser os privados a ocupar o “top”. Alteração súbita e significativa de métodos pedagógicos? Uma selecção mais rigorosa dos frequentadores? Ou será que o facto dos exames serem efectuados nesses estabelecimentos privados, vigiados pelos seus professores, tem alguma coisa a ver com isso? Essas escolas não competem só com as públicas, competem também entre si. Na mesma área geográfica os melhores classificados terão mais procura, poderão seleccionar os melhores alunos para si, garantindo assim uma maior facilidade em obter melhores resultados e, eventualmente, podendo cobrar maiores propinas.
    No tempo da “outra senhora”, os alunos dos colégios privados iam realizar os exames nas escolas públicas. Porque não voltar a essa prática? Aqui também se aplica o ditado, à mulher de César não basta ser honesta, também tem de o parecer…

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    1. Paco,
      Muitos colégios até selecionam ( provas ) os alunos a ” deixar entrar “…
      Não é apenas o dinheiro .
      É sim dinheiro e ” não deixar entrar quem possa estragar as turmas “…

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  3. Não se pode gostar de rankings num modelo pedagógico que considera a avaliação sumativa como processo secundário. Tantas horas de formação contínua a debitar que a avaliação formativa é o processo principal, que se deve respeitar a caracteristica individual de cada estudante, que não se deve avaliar com os mesmos instrumentos os vários estudantes e depois no final de cada ano letivo usa-se um único instrumento padronizado de avaliação sumativa para TODOS os estudantes…!
    Esta atitude do “faz o que digo e não vejas o que faço” é revoltante na sua imensa hipocrisia. E por isso é que os profs têm de ser realistas, e no quotidiano fazer o que é adequado à realidade ignorando as teorias fantasiosas…

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    1. Os professores tem que se preocupar com os seus alunos. Sendo os exames fundamentais no futuro dos alunos, a forma como se gere o ensino nas disciplinas com exame não os pode desprezar.

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