O Meu “Sentido Profundo De Dever Cívico”… 2

… impede-me de colocar dúvidas de carácter ético, moral ou “cívico” em, relação a classes profissionais inteiras, em especial com base no seu estado de saúde quando estão em grupos de risco de contrair a covid-19. Mas há quem tenha feito outro curso de “Educação Cívica” quando foi à escola.

pieinthe face

 

O Meu “Sentido Profundo De Dever Cívico”…

… impele-me a defender medidas que poupem a saúde e vidas aos portugueses, seja eles quais forem, independentemente de algum desconforto pessoal que isso me possa causar ou de alguma fricção com as minhas convicções de outro tipo mais f(r)accionário.

É quase que um imperativo ético.

calamidade

 

Pastiche #2

E eis que, no ano em que se tornam mais absurdos, nos aparecem os exames. Se acha que refletem uma avaliação clara da qualidade da escola, desengane-se.

Os exames são o resultado de uma lista ordenada de perguntas feitas por um grupo de professores que não conhece os alunos. Ponto. É mesmo só isto.

(…)

Avaliar os alunos e o seu desempenho é muito mais do que ordenar um ficheiro Excel por ordem descendente de resultados.

Frade

(um tipo que se afirma contra rankings com base em exames e que os critica, está há cinco anos no governo e mantém as coisas na mesma, mesmo num ano de pandemia? e tem a lata de escrever sobre os alunos que “não [é] ma centésima o que lhe dará asas para chegar mais longe”?)

(eu defendo os exames como mecanismo necessário de regulação externa das avaliações internas e, apesar disso, acho que este ano a sua realização é um erro desnecessário…)

O Meu Apelo Aos Pais Portugueses

Se em Setembro os pais forem parte do problema, em vez de parte da solução, teremos outro ano catastrófico, e o direito à educação só estará realmente assegurado por aqueles que tiverem dinheiro para o pagar.

bullshit-detector

(ainda não percebi bem se o JMT faz certos textos mesmo só para provocar reacções e subir as polémicas… aquela parte final sobre “a perda progressiva de um sentido profundo de dever cívico” merecia prosa específica e umas belas bengaladas retóricas em que anda a assobiar para o lado acerca das consequências do desconfinamento…)

(cá em casa fui o único a não voltar porque sou “básico”, a aluna “secundária” e a professora “secundária” voltaram… eu até preferia que fosse ao contrário, não por “um sentido profundo de dever cívico” mas por razões de defesa da sua saúde e bem.estar…)

(como se percebe… abomino a sério lições sobre “um sentido profundo de dever cívico” quando se trata de mandar os outros para as trincheiras para se poder ficar a escrever, descansado, em casa…)