Dia: 23 de Julho, 2020
E Aulas Take Away?
Porque esta das refeições para levar e ir comer algures é assim uma ideia que é capaz de parecer muito gira e tal, mas o que fazem os alunos sem ninguém em casa? Comem no passeio? Nas escadas? Em especial se as aulas chegaram ao tempo invernoso, para quem não more junto à escola, será que me podem dizer como serão as coisas? Sim, a situação é difícil, não o nego. Mas…
Os alunos andarão em “bolhas” até casa ou ao atl? E se forem no autocarro do atl, ali todos juntinhos, podem fazer partilha de lanches e almoços?
É para evitar contactos? De quem? Dos 25-28 alunos que estavam numa sala a dois palmos uns dos outros e saíram todos ao mesmo tempo em correria para a comida? E as filas, são do lado de dentro ou de fora? E a comidinha que já agora muitas vezes chegava morna-fria ao prato, como vai estar quando a petizada a for comer? Será que sabem o que é o funcionamento de uma cantina que tenha umas centenas largas de refeições por servir por dia?
Isto são só críticas de bota-abaixo? Nem por isso, mas mesmo se assim fosse, há quem não mereça melhor.
92.570€+IVA Para Avaliar A “Estratégia De Comunicação” Do POCH?
Phosga-se! Dá muitas máscaras.
Outra Petição Que Só Ganhava Em Ser Feita Directamente No Site Do Parlamento
DESDOBRAMENTO DE TURMAS JÁ! LUTA PELA VIDA / SAÚDE DE TODOS OS ALUNOS.
Quem será responsável se existirem mortes por covid 19, contraído como resultado do regresso às aulas, sob orientações tão insuficientes como as até aqui avançadas pelo ministério da Educação?
Exigimos, como contribuintes, que quem nos representa, reavalie as medidas propostas e que seja levada a sério a emergência de saúde pública que vivemos!
Como pode um governo que exige à sua população distanciamento social, uso de máscara e higienização constante, ignorar essas regras em ambiente escolar? A saúde das nossas crianças e jovens, bem como de professores e auxiliares não está imune a este vírus, as famílias de todos estes intervenientes também não. Batas, viseiras e bonés, como indumentária proposta (para 1ª ciclo) pelo nosso agrupamento de escolas, trazidas para casa uma vez por semana para higienização, estão longe, muito longe de ser qualquer tipo de proteção útil. Em idades mais avançadas, máscara e gel desinfetante não vai impedir o vírus de atacar. Já não o fez no curto espaço de tempo em que os alunos de 11º e 12º voltaram às aulas presenciais, obrigando de novo a confinamentos, quarentenas e encerramento de escolas. Imaginemos agora este cenário multiplicado por todos os anos escolares e por todas as escolas do país. É um desastre à espera de acontecer!
É necessário a divisão de turmas, redução de horários, uso de máscaras e um maior número de assistentes operacionais para garantir as condições necessárias no dia a dia, bem como a higienização frequente. Não podemos exigir menos do que isto para as nossas crianças e jovens. Estando estes menos expostos (embora não totalmente protegidos, bem sabemos) , por consequência protegem-se todas as comunidades em volta das escolas.
A proposta da redução do número de alunos por turma, rejeitada no parlamento no passado dia 20/06/2020, era uma das medidas mais ansiadas pelos pais, professores e todos aqueles que trabalham em ambiente escolar. Se há anos que se percebe que um ensino mais personalizado, de maior proximidade entre profissionais e alunos seria o ideal para melhorar a sua qualidade, num contexto de pandemia, esta necessidade tornou-se ainda mais urgente. Não podemos juntar 25 a 30 alunos em salas pequenas e sem condições de manter distanciamento entre alunos e iniciar um ano escolar como se nada fosse. Não é possível, nas condições que o governo se prepara para implementar, proteger e garantir a segurança de ninguém.
Exigimos apenas que a vida valha mais do que o esforço financeiro necessário para a sua defesa.
Grupo de pais de alunos do 1º ciclo.
Uma Natural E Esperada Vítima Da Pandemia…
… foi o último resquiciozinho de democracia participativa em muitas escolas. Com a desculpa da emergência, a preparação do próximo ano lectivo foi feita sem qualquer tipo de colaboração a partir das “bases” ou com qualquer verdadeira verificação “exterior” aos grupos muito fechados e iluminados que tudo quiseram que ficasse a seu cargo. Mas, como o exemplo vem de cima, tudo o que possa correr menos bem a partir de Setembro será responsabilidade de quem não soube “operacionalizar” as brilhantes instruções superiores. Eu sei que isto já era assim em muitos lados, mas agora as excepções são ainda mais excepcionais.
Com mais ou menos conversa de afectos e abnegações, o modelo napoleónico impôs-se. MLR rejubila em seu gabinete de reitora, pois conseguiu que a tal “elite” dirigente, separada dos zecos, se tornasse a norma. Mas a detestada História ensina que todas as derivas totalitárias têm o seu fim à espera.
Mas Não É Essa A Vossa Obrigação?
Ou estão a tentar passar como grande coisa o que não passa do mínimo dos mínimos?