Boa Noite
O livro do SE Costa (parece que escreveu outros, mas basicamente é aquele em que confirma o que não renega sobre competências e conhecimentos, ou vice-versa) passou a integrar o PNL! Li no mural do co-autor (João Couvaneiro) e nem queria acreditar. Mas é verdade.
Posso usar excertos no 5º ano em vez d’A Bela Infanta? Ou d’A Vida Mágica da Sementinha?
Para quando a integração de O Dom Profano no cânone?
(em lista de espera devem estar as obras nucleares do pafismo educacional das doutoras cosme e cohen…)
(já agora… vendeu assim tão pouco que seja preciso enviá-lo em paletes para as escolas?)
(“decoro”… um conceito de gente arcaica…)
… que por cá devem bastar umas idas ao novo programa da Cristina (já será outra vez na TVI?), uns diálogos amigáveis com pivôs com filhos em idade de chatear se ficarem em casa, mais umas pitadas de “profundo sentido do dever cívico” e a coisa resolve-se.
Embora seja verdade que não temos (ainda) governantes ao nível do Trump, embora tenhamos opinadores que pouco se distinguem do governador DeSantis. Porque, subitamente, sem estarem nas aulas com os professores já praticamente todos acham que eles não aprendem. Mesmo se a verdadeira razão é outra.
It Will Take a Village to Open Schools Safely
O recibo relativo ao primeiro parecer que foi pedido ao jurista Garcia Pereira em finais de 2008 e que nos chegou em Fevereiro de 2009. Houve mais dois, felizmente menos avultados, mas dá para ter uma ideia – para quem se esqueceu, não viveu isso ou estava a defender outros castelos – do que foi preciso mobilizar em termos materiais e de confiança junto de milhares de colegas.
Há toda uma história por fazer, que não se esgota na da manifestação de 8 de Março ou nas que lhe sucederam (ou antecederam), sobre a capacidade de mobilização dos professores e de ainda ter esperança em “movimentos” que escapavam às torres controleiras. Os “peões” lançados para o tabuleiro foram-se descaindo com o passar das peripécias, mas estes ainda eram os tempos em que eu a Reb/Helena Bastos e a Olinda tínhamos de assinar os cheques e assumir as responsabilidades, chegando mesmo a certa altura de avançar pessoalmente o dinheirinho para que existisse “movimento”.
Eram outros tempos. A vários níveis. Até os “monos” apoiavam ou, pelo menos, não estorvavam muito.
Deu em pouco ou mesmo nada? Poisssss……. um gajo aprende………
(claro que, pelo meio de muita boa vontade, houve daquelas “criaturas” a quem apetecia dar um par de galhetas bem arrefinfadas, que se aproveitaram do nib para tentarem pagar contas suas, fazendo com que eu levasse meses a fio a ir ao banco anular movimentos… incluindo uma senhora que decidiu que lhe deveríamos pagar a assinatura da Deco ou o simpático que tentou fazer passar a conta do telemóvel…)
(este é o período que prima pela falta de comparência de alguns dos cromos que agora andam por aí a webinar como se fossem os melhores amigos dos professores, mas então até se borravam só de pensar em por a cabecinha fora da casota… ou do gabinete… mas não gostam nada que se lhes aponte as falhas de carácter… )
Isto vem a propósito de uma troca de pensamentos com o Ricardo Silva um par de posts abaixo.
Quem me conhece sabe que adoro que alguém faça alguma coisa em vez de falar. Para isso, estou cá eu, que até falo e escrevo depressa. Mas, mais vezes do que gostaria, vi-me metido em confusões que me valeram a crítica de desejar “protagonismo”quando eu sou do mais agarradinho ao sossego que possam pensar. Nada contra apoiar e fazer o que possa para ajudar quem tem ideias, boas iniciativas e energias, mas já dei o suficiente para o peditório de dar a cabeça e o resto nos tempos da MLR e muitas vezes perceber que muita gente bate palmas, atira foguetes, mas depois deixa o lixo para os outros varrerem. Como muitos daqueles manifestantes ecologistas ou como os anti-globalistas que defendem a revolta global e vão ao starbucks para apanharem net livre enquanto bebem um latte machiatto.
Por isso, eu gostaria de explicar de forma muito sumária o que penso sobre a situação que temos, em matéria de Educação mas com potencial generalizador, exceptuando as excepções, claro está, porque há quem ache que as generalizações são coisa tão má quando as individualizações são péssimas para outros, não descontando quem desgosta de meios-termos.
(anote-se que tive a “gentileza” de não nomear as pessoas em que estava a pensar, sejam as que vocês perceberam à primeira, seja as que talvez só eu conheça, se descontar quem aqui vem só para perceber se estou a falar del@s…)
(a remexer em papéis “velhos” dei com um dos recibos do pagamento de um dos pareceres que entre 2008 e 2010 pedimos ao jurista Garcia Pereira… quando comparo o dinheiro que tudo aquilo envolveu e vejo certas coisas agora, dá-me cá uma vontade de não rir com tudo aquilo que se arriscou então…)