Boa Noite
Estado nega apoio a recibos verdes com regra que não está na lei
Agora reparem na notícia de há perto de dois meses sobre o mesmo assunto:
Segurança Social vai corrigir indeferimentos de apoios a recibos verdes
Culpa-se a base de dados num primeiro momento e no segundo usa-se uma “regra” que não existe na lei.
A ADSE (mas não só) anda pelos mesmos caminhos… tudo o que pode evitar pagar ou empatar, mesmo aplicando regras retroactivamente sem qualquer pudor.
A ordem deve ser para, sempre que possível não pagar, e esperar que o cidadão se canse.
Em caso de necessidade, há sempre a possibilidade de, indo a Tribunal, existir um juiz complacente como aquele que deu à administração a competência para determinar que uma copulativa não copula.
(tenho estado a ver o mundial de snooker… perto do fim de um jogo que poderia significar a perda do acesso à meia-final, pois perdia por 12-10 à maior de 25, Mark Williams toca com a mão numa bola e avisa o árbitro, que nada vira tal como o adversário e mesmo nós na repetição televisiva temos dificuldade em perceber, da falta cometida… e a seguir mudo de canal e vejo a notícia acima e percebo tudo o que separa gente decente desta gentalha que nos “administra”…)
Há quem não tenha percebido que nos últimos anos foi feita uma clara opção por parte de algumas forças políticas (e suas ramificações sindicais) no sentido de apostar no apoio do que agora designamos como “precariado”. Por ser numeroso, por ser mais ou menos jovem. E por estar em situação de fornecer alguns milhares adicionais de efectivos quotizados do que os “velhos” trabalhadores dos “quadros” que, para além de serem vistos como “privilegiados”, ainda têm o condão de ser chatos e menos maleáveis a certas demagogias.
Não estou a colocar em causa a legitimidade de tal opção, ou sequer a sua maior ou menor bondade. Apenas a assinalar uma evidência e a tentar que algumas pessoas entendam que a boa vontade de alguns grupos político-sindicais se deslocou na última década e aderiu a uma lógica dominante diferente daquela que se poderá considerar “tradicional”: a defesa dos trabalhadores de uma dada profissão, que agora se apresenta como sendo algo “corporativo” e não dos aspirantes a essa profissão. Até há quem considere que é assim que deve ser, porque é mais justo e, numa perspectiva de “esquerda”, se está a privilegiar a defesa dos “mais vulneráveis”. E eu até tenderia a concordar – não tendo qualquer cartão ou não pagando quotas, não vou esperar que seja os meus interesses que alguém venha defender – se tudo isto depois não se traduzisse num nivelamento pelo salário mais baixo e na aposta nos que ficarão gratos com o mínimo dos mínimos, perdendo uma perspectiva de médio-longo prazo.
E repito… não estou a fazer um juízo de valor sobre a estratégia (uma discordância não é bem isso), apenas a querer que o pessoal menos novo perceba aquilo com que tem de lidar e com os apoios que, em regra, só terá da boca para fora. Porque se há algo que tenho de reconhecer ao actual PM é que meteu mesmo os marxistas na gaveta, desculpem, no bolso.
Não me parece. Sei que me «repito, mas… Mais uma manhã para resolver dois assuntos, online ou por linhas de atendimento e absolutamente nada, com duas das maiores empresas instaladas em Portugal. As linhas ou estão entupidas ou têm um sistema de atendimento tão inteligente que nos fazem andar em círculos (Altice); os serviços online estão lá na barra de ferramentas, mas, depois, quando se tenta aceder, estão indisponíveis (Galp). E ainda dizem que estamos numa “novo paradigma” da Economia Digital… sim, só se for para quem não tenha mesmo nada para resolver a sério.
Ahhh… já sei… nas escolas estamos, por fim, a educar a nova geração do “século XXI” que resolverá tudo isto.