Coisas Que Custam A Perceber

Ainda não há aulas presenciais… mas parece-me que a Economia não está parada. Ou estará? Porque de acordo com o actual PM, se as escolas fecharem (leia-se… se pararem as aulas presenciais) a Economia pára.

O primeiro-ministro deu a cara pelas novas medidas de restrição, as tais que acompanham um país – todo ele – de novo em estado de contingência, já a partir de terça-feira. E apareceu com uma mensagem determinada, a justificar esse novo apertão nas regras: “Temos uma linha vermelha: não podemos voltar a fechar as escolas, não podemos voltar a fechar a economia.”

Esta não pode ser uma “linha vermelha”… a menos que António Costa seja mesmo irresponsável. E a menos que o “aparelho” esteja afinado e pronto para mentir à opinião pública, se isso for necessário para manter a linha vermelha no lugar.

(será que longe dos microfones disse algo mais interessante, quiçá picaresco sobre os professores que metam atestado?)

22 opiniões sobre “Coisas Que Custam A Perceber

  1. Mesmo que não tenha dito, há muitos acólitos do SE, além de alguns diretores, não todos!, até mesmo colegas professores ajudam no circo de empurrar para o atestado. É que os professores que são chatos, “intolerantes”, como eu – porque me atrevo a ser doente com patologia de risco e a pedir alguma coisita… -, com falta de empatia pelos membros diretivos das escolas, das doenças dos outros ou pelos colegas que fazem horários, deviam era estar quietinhos e não se queixarem, pois há outros colegas que estão piores, que se fartam de trabalhar para mim, por isso eu devia era estar calada. Mais alguém se sente assim? Conclusão a que há muito cheguei: o pior inimigo do/a professor/a é o/a professora.

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    1. “…alguns diretores, não todos!”
      O teu não está na lista. A salvaguarda é a imagem do medo. Percebe-se, seria o mesmo que um Norte-coreano criticar o “grande líder”…

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  2. (será que longe dos microfones disse algo mais interessante, quiçá picaresco sobre os professores que metam atestado?)

    A avaliar pela qualidade do chefe de orquestra, não tenho nenhuma dificuldade em acreditar que sim.

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  3. Se as coisas correrem mal ( e há uma probabilidade razoável de que isso venha a acontecer) esta não pode ser uma linha vermelha. Dando isso como adquirido e esperando que a mentira não seja a regra, há que dizer que uma coisa é o nosso primeiro dizer que “as escolas não fecham e a economia não fecha”, outra coisa seria ele dizer que “se as escolas fecharem a economia pára (fecha)”.

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  4. Os números como forma de exercitar a criatividade, são uma característica lusa. Duas capicuas seguidas e, desta vez, rimando com uma sequência de Fibonacci se acrescentarmos o nº de óbitos. Deve ser tudo inventado.

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      1. Acredita mesmo que as medidas são gel e vai tudo correr bem? Antes fossem (sem o gel, que é mais pernicioso do que útil, claro). Máscaras, afastamento, recreios reduzidos é tudo fantasia?

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      2. Luís Serpa,
        Afastamento (20 cm!!!!!), máscaras (menos de uma por mês !!!!!!!), recreios reduzidos(500 alunos num bloco de aulas)!!!!!
        São mesmo FANTASIA.

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    1. Rude golpe em que aspecto? Quando ficarem doentes professores e profissionais da escola e as escolas ficarem fechadas mas desta vez com maior pressão nos sistemas de saude? E potenciadores de contagio comunitário se os estudantes contagiarem agregados familiares e esses trabalhadores ficarem doentes? Não se fie na virgem da DGS (cheia de incompetentes e eu falo bem disso que há meses ando a insistir que tenham profissionais de systems thinking e a única que percebia um pouco disso foi “despedida” por enfrentar o Costa). Qualquer jovem acima dos 10 anos transmite o virus como um adulto. Dados empiricos mostram isso mesmo. Procure no CDC ou no Korean CDC.
      Se houvesse preocupação verdadeira teria que existir muito mais investimento nas escolas e na segurança dos profissionais, professores e alunos. Ventilação, máscaras KN95, ensino misto a partir do 2º ciclo logo à priori. Turmas sempre pequenas, visto que existe uma lei de potência com a transmissão por ar (vá ler Transport Phenomena se não perceber a matemática , peça ajuda)
      Assim, é “siga para bingo” e fé na aleatorieade. Ou està à espera que todos sejam robots e cumpram as regras à risca? Ou que com tempos de exposição elevados, com aquelas máscaras menos eficientes, estão todos a salvo dentro de uma sala de aula? E quando chover? As máscaras perdem a eficácia quando molhadas permitindo a aerolização mais fácil ou o contágio pelos olhos(sim, pelos olhos também se apanha a doença).
      É um sistema dinâmico e garantias não existem com palavras ocas. Os efeitos de escala e não-linearidades não querem saber da fé

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    2. Luís Serpa… entre um “rude golpe” e ser a “linha vermelha” vai uma enorme distância.
      Que se queira evitar, é uma coisa.
      Que se apresente como algo que não pode acontecer, de forma alguma, é outra.

      Não, não é retórica. É mesmo uma questão.
      Retórica é a do PM que pode vir a revelar-se “irrevogável” como a do outro.

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  5. Caro Luis Serpa, voce é um imbecil. Ou pensa que eu ando nisto dos blogs só desde quando o Socrates encomendou a uns quantos essa tarefa de guerrilha? Comenta, fechando a possibilidade de resposta direta, parece os putos do liceu que chama nomes ao mais alto da turma e foge de modo a não ser identificado.
    Não sou o seu mordomo, procure no CDC ou KCDC . Está lá tudo. Se quer discutir, procure, leia e contra-argumente. Caso contrário, ide bebericar um rosé patrocinado pela Adega Costa.Mas falemos da Holanda. Porventura sabe que só testam na Holanda quando têm sintomas? E que muitos jovens estão a recusar ir à escola? Se não testam, não sabem se estão doentes (Trump dixit)
    E nem falemos da Suecia. Sabia que houve surtos em escolas na Suecia e houve recusa do Governo em investigar os mesmos? Com desculpas “foi de certeza noutro local, não foi na escola nã vale a pena investigar”. Tudo em prole da suave “herd immunity”. Da Suecia, como um dos meus ex-colegas de post-doc é sueco e excelente a definir sistemas dinâmicos, é a melhor fonte de informação do que jornalecos e merdias tugas. Também arranjo 2 médicos e um meu ex-aluno de doutoramento em Lulea. E que tal a Suecia, cuja estrategia não impediu o rombo na economia? Saude e economia não são decoupled em sistemas. Nunca o foram.
    Noruega nunca teve grande contágio comunitário. Fecharam logo e é fácil fechar as fronteiras desse país. E com muitos poucos casos, escolas podem abrir, moron

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    1. Para um post-doc V. tem o insulto fácil. Deve ser da geração mais bem preparada de sempre. Vá para o c…o e não me chateie mais, continue a foder a vida às crianças se isso lhe dá segurança e vá lendo coisas sobre surtos. Na literatura voodoo encontra de certeza coisas interessantes. Faça uma efígie do vírus e espete-lhe alfinetes, acenda velinhas e espalhe cinzas à volta da cama, são remédios de eficácia comprovada contra o vírus. Ah, e não se esqueça dos surtos, t~em sido um risco fenomenal, basta ver a quantidade de mortos que tem havido desde os surtos da LVT. Vamos a ver os surtos da festa do Avante, aquilo cvai ser uma hecatombe. Não falemos dos suecos, são um bando de infanticidas que como resolveram o problema da morte nos lares se voltaram para as escolas, ver se conegue matar uns milhares de putos.

      PS – Não faço a mai pequena ideia do que está a dizer sobre as respstas, mas confesso que me estou nas tintas.

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      1. Meu caro, eu sou do insulto rápido , não fácil. Deve ser por ter trabalhado e ainda trabalho com os anglo-saxónicos que não tem pejo em dizer as coisas como elas são. Diretos ao assunto que é assim que deveria ser em algumas facetas da nossa sociedade. Mais facilmente em Portugal se ofende um pedreiro que um negreiro. E deveria ser exatamente o oposto.
        A sua resposta indiciou imbecilidade e dai o “insulto”. Afinal até somos capazes de estar do mesmo lado nalgumas coisas pseudocientíficas mas eu acho que continua a confudir muitas coisas e o seu PS assim denota.
        E não fale do que não sabe. Eu entendo mais do que se passa com este virus pq conheço algumas pessoas a trabalhar em várias etapas, desde a virologia aos tratamentos. É o que a vida me deu: 10 empregos, um doutoramento, duas licenciaturas e muitos contactos e conhecimentos . Pelo menos a instabilidade profissional serviu para alguma coisa. Inclusive para perceber a irresponsabilidade dos nossos governantes em muitas coisas. A começar pelo “regresso das escolas” e acabar na inépcia da DGS .
        Saude que eu que todos precisamos

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