… recomenda-se uma leitura (fácil de fazer) e uma atitude (mais complicada), mesmo se a vacina contra o vírus da estupidez é uma quimera.
Resistam à estupidez
… recomenda-se uma leitura (fácil de fazer) e uma atitude (mais complicada), mesmo se a vacina contra o vírus da estupidez é uma quimera.
Resistam à estupidez
… e continuam horários por preencher. E olhem que não é só por acusa das recusas (e não são poucas), mas porque este ano a escassez vai bater à porta ainda mais cedo em vários grupos. Por muito que digam que isto agora é tipo tele-transporte com as substituições. A ver se esta 6ª feira se tapam mais umas quantas “bexigas” nos conselhos de turma.
Embora neste caso exista uma que contraria por completo uma série de teses de sociologia tipo-isczé (e não só) sobre a (in)capacidade da escola pública ajudar os mais desfavorecidos. O resto são daquelas evidências que todos sabemos, mas é preciso alguém vir validar com selo de “ciência”. Tudo isto é mais do que óbvio, só é pena toda a encenação feita em seu redor para justificar “nichos de mercado” académico subsidiodependente. Já agora, nada disto começou em 2005 ou 2011. Ou sequer em 2015.
Desempenho e Equidade: uma análise comparada a partir dos estudos internacionais TIMSS e PIRLS
(…)
Nessa medida, destacam-se algumas das conclusões do estudo: i) “Alunos com origem em famílias com elevado Capital familiar têm melhores desempenhos do que os alunos com origem em famílias com menos recursos económicos e sociais”; ii) “Quanto melhor os alunos dominarem ferramentas básicas de literacia e de numeracia antes de iniciarem a escolaridade, maior é a probabilidade de terem bons desempenhos em Leitura, em Matemática e em Ciências no 4.º ano de escolaridade”; iii) “Uma frequência mais prolongada de Programas de educação e cuidados para a primeira infância é mais relevante para os alunos de famílias com menos recursos”; iv) “Portugal apresenta a percentagem mais elevada de alunos provenientes de escolas de meios maioritariamente desfavorecidos que conseguem alcançar, em todos os domínios, pontuações acima da média internacional”; v) “Os alunos que frequentam escolas mais orientadas para o sucesso escolar obtêm melhores desempenhos”.
Há o das escolas das reportagens televisivas que, num espírito de admirável cooperação como governo no sentido de uma mensagem de “confiança”, que assegure ao país que os espaços escolares são seguros, no qual aparecem salas bem iluminadas e arejadas, com carteiras individuais, bem espaçadas e grupos de 12-15 alunos e tudo o que parece próprio de um país do 1º mundo em tempos de pandemia e há o de muitas outras escolas que se debatem com problemas de gestão de espaço e condições ligeiramente menos próprias para a mensagem oficial nas parcerias Governo/SIC ou Governo /TVI.
Hoje, uma turma já com 27 alunos (apareceram 25, mais uma que não sabia onde estava e acabou por ir em busca da turma certa), em mesas duplas, numa sala que até é das maiores da escola, mas no máximo consegue ter 30 lugares. Se algum “vizinho” recusar mais transferências ou alguém chegar de fora, já sei que ficarei a caminho dos 30, mesmo com 1 PEI à mistura e mais tudo aquilo que vou agora descobrindo. Com a chuva e ventania matinal, janelas quase todas fechadas… porta aberta para corredor interior de passagem para outras salas.
Ora bem… eu até lido com isto com a “resignação”/compreensão mínima indispensável, mas o que dirão os encarregados de educação que vêem na televisão uma coisa e os seus educandos lhe descrevem outra completamente diferente? A culpa é das “escolas”, dos “professores”, que não se souberam “organizar” devidamente com tanta “autonomia” que lhes foi dada? Pois… quase se entende essa tentação.
Como também sou encarregado de educação e a turma da petiza vai em 29, até posso pensar que é um complot. Para mais porque a DT da cara-metade vai em 27, também em circunstâncias físicas similares. Que me enviaram para o “planeta mau”, tipo bes falido, e que os outros estão todos no universo goldman sachcs do durão.
Era bom que a “informação” fosse menos propaganda oficial mal disfarçada, porque algum jornalismo desacredita-se a si mesmo ao apresentar campos floridos quando há quem olhe em redor e muito além e só veja poeira no ar.
E não me venham com a necessidade de ser “positivo”, de a encarar tudo como uma oportunidade, porque ainda lhes digo que, nesse caso, falecer é uma belíssima oportunidade de fugir ao fisco.