Há o das escolas das reportagens televisivas que, num espírito de admirável cooperação como governo no sentido de uma mensagem de “confiança”, que assegure ao país que os espaços escolares são seguros, no qual aparecem salas bem iluminadas e arejadas, com carteiras individuais, bem espaçadas e grupos de 12-15 alunos e tudo o que parece próprio de um país do 1º mundo em tempos de pandemia e há o de muitas outras escolas que se debatem com problemas de gestão de espaço e condições ligeiramente menos próprias para a mensagem oficial nas parcerias Governo/SIC ou Governo /TVI.
Hoje, uma turma já com 27 alunos (apareceram 25, mais uma que não sabia onde estava e acabou por ir em busca da turma certa), em mesas duplas, numa sala que até é das maiores da escola, mas no máximo consegue ter 30 lugares. Se algum “vizinho” recusar mais transferências ou alguém chegar de fora, já sei que ficarei a caminho dos 30, mesmo com 1 PEI à mistura e mais tudo aquilo que vou agora descobrindo. Com a chuva e ventania matinal, janelas quase todas fechadas… porta aberta para corredor interior de passagem para outras salas.
Ora bem… eu até lido com isto com a “resignação”/compreensão mínima indispensável, mas o que dirão os encarregados de educação que vêem na televisão uma coisa e os seus educandos lhe descrevem outra completamente diferente? A culpa é das “escolas”, dos “professores”, que não se souberam “organizar” devidamente com tanta “autonomia” que lhes foi dada? Pois… quase se entende essa tentação.
Como também sou encarregado de educação e a turma da petiza vai em 29, até posso pensar que é um complot. Para mais porque a DT da cara-metade vai em 27, também em circunstâncias físicas similares. Que me enviaram para o “planeta mau”, tipo bes falido, e que os outros estão todos no universo goldman sachcs do durão.
Era bom que a “informação” fosse menos propaganda oficial mal disfarçada, porque algum jornalismo desacredita-se a si mesmo ao apresentar campos floridos quando há quem olhe em redor e muito além e só veja poeira no ar.
E não me venham com a necessidade de ser “positivo”, de a encarar tudo como uma oportunidade, porque ainda lhes digo que, nesse caso, falecer é uma belíssima oportunidade de fugir ao fisco.
Pois tb vivo no BES mau.
E outras escolas que tb conheço por dentro tb são BES mau.
Turmas de 29/30, mesas duplas e arejamento deficiente.
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É isso mesmo !
… ( Era bom que a ”informação” fosse menos propaganda oficial mal disfarçada )…
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Passa-se o mesmo comigo. A falta de arejamento e a falta de espaço de circulação mínima (entre o quadro e a carteira em frente não dista um metro) fazem-me particular aflição. Hoje ia-me passando. Só não abandonei a sala, porque consegui empurrar uns centímetros as carteiras da frente. Foi por um triz,
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Margarida,
Como te entendo . E o que enerva mais é a postura destes ministros … parece que está tudo muito bem.
É impossível .
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Há bem pouco ouvi a alguém que transmitir notícias sem espírito crítico não é jornalismo, é propaganda.
Gostei:
«E não me venham com a necessidade de ser “positivo”, de a encarar tudo como uma oportunidade, porque ainda lhes digo que, nesse caso, falecer é uma belíssima oportunidade de fugir ao fisco.»
Boa, boa…
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Miseráveis condições existem em muitas escolas espalhadas por este país! Valham-nos os deuses todos!
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Até parece que está tudo a correr muito bem.
Mentem com todos os dentes e até com os das próteses.
E colocam mal os professores que não ” conseguem ” aplicar tantas regras … A culpa ? É desses professores.
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Corpo principal da escola orientado Norte/Sul. Paredes Norte e Sul todas em vidro, para garantir frio polar de um lado e calor de ananases do outro. Algumas janelas não fecham muito bem e outras tiveram esse problema resolvido com um parafuso (e, portanto, não abrem). Dois alunos por mesa, claro.
Havemos de nos safar.
Era suposto cada turma ter uma sala-âncora, mas nem sempre é possível. Multiplicam-se as plantas de sala para cada turma.
Havemos de nos safar.
Digo eu…
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