Quino (1932-2020)

Quino era ligeiramente mais novo do que o meu pai e Mafalda mais ou menos da minha idade, conforme se tome o início da publicação regular no Primeira Plana ou no Mundo. Neste último caso, separam-nos poucos dias. Entendi-a muito antes de entender o Charlie Brown, com quem Umberto Eco gostava de estabelecer comparações. Porque a Mafalda era muito mais dentro do seu tempo, mais concreta, com um idealismo precocemente desiludido. Como o Quino. Ou eu.

Há uns anos pediram-me para sugerir um punhado de leituras imprescindíveis e claro que lá estava o Toda a Mafalda (mesmo se não está lá bem toda) em primeiro lugar. Porque sim. Para mim equivale a qualquer Crime e Castigo, Guerra e Paz ou Os Miseráveis em matéria-prima para conhecermos muito do que nos faz humanos. Com a vantagem imensa do humor. Mesmo nos dias de amargura.

(agradeço ao José Fernandes o envio desta tira específica)

O Triunfo Do “Mais Com Menos”

Façam fila, @s do costume, para colherem os louros das suas políticas. E podem reunir a tertúlia e dar muitas palmadinhas nas costas, entre amigos que se respeitam. E continuar a dizer que a Educação em Portugal precisa de mais e mais reformas, que é um nicho de negócio político próspero há décadas.

Portugal foi o único país da OCDE onde o desempenho dos alunos melhorou de forma significativa

Há, no entanto, dados em que o desempenho do país não é tão positivo. Portugal aparece em terceiro lugar na lista de países com mais falta de recursos humanos no ensino público.

A Outra Face Da Moeda

O combate (justificado) à pandemia não pode ser feito à custa de muitas outras pessoas vulneráveis. E essa é uma crítica justa a um Governo que parece ter-se tornado quase monotemático na Saúde. E não adianta a ministra ir com ar compungido ao programa da Cristina, paragem obrigatória por estes dias de qualquer governante que se sinta a necessitar de um banho de simpatia e popularidade matinal.

Há muito mais portugueses a morrer em casa e óbitos em investigação dispararam

Há mais 24% de mortes em investigação e óbitos que ocorreram em casa subiram 18% desde o início da pandemia. Nos hospitais aumento fica pelos 5,6%. DGS confirma tendência e estuda causas.