Aviso desde já que é uma daquelas propostas que levam logo com o carimbo de “despesista” por parte de gente “responsável”, que ocupou, ocupa ou deseja ocupar cargos na máquina político-administrativa. Pelo menos em público, porque em privado sabem que é assim mesmo.
As premissas são simples:
a) existem muitos candidatos nos concursos externos;
b) há muita gente de baixa – e não foi por causa de estarem “em risco” – que tem merecidas reduções na componente lectiva ao abrigo do artigo 79;
c) há muitas recusas de horários para contratação/substituição porque os encargos (deslocações, alojamento) não compensam os ganhos, pois há perda de salário, de tempo de serviço e a contagem de tempo para efeitos de aposentação também é “racionalizada”.
Perante isso e se é mesmo verdade que existe uma preocupação em prestar as melhores condições aos alunos e “estabilizar” o corpo docente (o que inclui o pessoal contratado), nada como regressar a parte do que foi possível muito tempo, ou seja, completar horários lectivos a partir de, por exemplo, as 16 horas, com outras tarefas ou mesmo com funções na área da preparação/apoio à produção de materiais e ferramentas para um eventual período de E@D. Permitindo um salário mensal completo e a não perda de tempo de serviço. Agora só se podem completar horários, na própria escola, quando aparecem necessidades “lectivas” que encaixem no horário ou os colegas têm de andar de escola em escola a ver como completar as horas. O que, para além de ter uma parcela de indignidade profissional, é profundamente desgastante.
Adicionalmente, acabar com a regra que impede as escolas de pedirem professores para lugares que sabem muito antes de 1 de Setembro estarem em situação de baixa prolongada, mas que agora só podem ser providos a partir das reservas de recrutamento, com atraso e com “poupanças” ridículas à escala do OE mas significativas para quem está sem colocação e ainda a atrasam mais semanas, sem uma razão verdadeiramente válida. Até porque, chegando mais tarde, perdem grande parte da preparação do arranque do ano.

Outra ideia simples: pagar condignamente às pessoas, apesar do maçónico e social internacionalista sufoco estranho dos rapazes da OCDE…
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Basicamente, é isso que peço.
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Se for para o BES agora isso nem pensar.
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É como tão bem diz o colega Raposo Tavares .
Respeitar e pagar condignamente às pessoas.
O resto ? É conversa.
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O post do Paulo analisa muito bem o que se ganha ( 10 tostões ) o que insinuam ir ganhar – se … mas que traduzido por miúdos … o que inevitavelmente se iria perder.
Lógica da batata.
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A carreira docente nada tem de aliciante. Parte considerável do tempo efectivamente trabalhado foi apagada. A progressão está há muito estrangulada. Não tem havido a premente atualização salarial. A simbólica democraticidade consentida ao regime de gestão, propensa a todo o tipo de abusos e perversões, lançou os professores para um lamaçal que aproveita ao “arco do poder”.
Os sindicatos, por seu turno, são uma inexistência.
Lisboa não respeita nem valoriza os professores. E sente que tamanho descaso dá votos junto da populaça arrebanhada pelos populismos conjunturais…
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Para completar horário os professores devem estar em 3 escola e por vezes bem distantes. O carro e a gasolina vão fazer a economia recuperar.
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Para completar horário os professores devem estar em 3 escolas e por vezes bem distantes. O carro e a gasolina vão fazer a economia recuperar.
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