Que Incentivos?

Acerca da notícia do Correio da Manhã e da “falta de incentivos” aos professores para fazerem substituições, já escrevi o que acho: bastaria voltarmos a algumas “autonomias” do passado, quando se dizia que as escolas não tinham “autonomia” mas algumas “liberdades”. Mas em nome de uma visão medíocre de gestão dos recursos humanos que permitiu poupar uma pequena parte do que se enterra no buraco da família salgado (sim, já ouço alguns a clamarem por “demagogia”), as coisas deram nisto. Haver professores, há, condições para exercerem a docência sem ser num regime pouco digo é que não. A questão não passa por falta de “incentivos”, bastando ter da legislação aplicável uma visão mais “flexível”.

Para a semana, explico um pouco melhor isto no Público, aproveitando parte de um texto aqui do blogue e um pouco à boleia das declarações do ministro Tiago que, ao fim de tantos anos no cargo (está a caminho de começar o sexto…), parece continuar tão desinformado como no primeiro dia.

Era Para Ser, Mas Pensando Bem… A Coisa Nunca Fez Propriamente Sentido, Por Muito Que Dissessem O Contrário

22 de Julho de 2020:

Covid-19: escolas ponderam recurso a cantinas take-away para evitar contágios

Opção consta da orientação do Ministério da Educação para as escolas. Directores ponderam adoptar esta sugestão que, para as empresas ouvidas pelo PÚBLICO, é exequível do ponto de vista logístico.

2 de Outubro de 2020:

Ministério da Educação põe travão às refeições takeaway nas escolas

DGEstE alerta que regime deve ser excecional pelos custos ambientais e financeiros, pois as embalagens são pagas à parte. Se as cantinas tiverem condições, devem servir os almoços.

Para Memória Passada

25 de Setembro de 2020:

O Presidente da República considerou que uma situação preocupante da pandemia em Portugal seria aquela em que se atingisse um número de mortos na ordem das dezenas diariamente.

4 de Outubro de 2020:

Mais dez mortes e 904 casos: Portugal ultrapassa os 2 mil mortos no pior fim-de-semana da pandemia