Dia: 13 de Outubro, 2020
Ronaldo / Covid
Ainda O Alçada Baptista Em 1972
Isto de as pessoas valerem por dentro dá um certo conforto e uma certa leveza à própria vida. Porque isto de andarmos todos a fazer de sábios, distraídos e tudo, a fazer de intelectuais, de políticos, de banqueiros, de senhores, além de termos de estudar muito bem o nosso papel, dá muito trabalho a representar.
O Tempo nas palavras, p. 76
A Arte E O Despudor De Se Ser Um Gualter
Afirmava ontem aquele inefável secretário de Estado da “reitora” em artigo no Público (desculpem, mas por questões de higiene deste espaço, recuso-me a colocar o link, quem quiser que procure) que:
Convém sublinhar que, se for necessário volta a contratar professores insuficientemente ou deficientemente qualificados, não se deverá a qualquer fator de crescimento inesperado ou incontrolável, mas a simples incompetência política.
E lamentamos que o senhor esteja já precocemente senil, pois parece esquecer-se que esteve um mandato inteiro (e dos longos) no governo que destruiu o Estatuto da Carreira Docente, criou a PACC (aplicada pelo ministro Crato, mas legislada originalmente em 2008) e inaugurou a época dos congelamentos. Se isso não ajudou a reduzir imenso o interesse em seguir a “carreira” docente e afastou muita gente de contratos contados à hora, não sei bem o que o terá feito.
Mas concordo em absoluto com a parte da “incompetência política” do secretário Gualter, daqueles que rodeou e que ele rodeou e ainda de outros tantos que lhe seguiram. Incluindo os falinhas mansas.
Medo Ou Não Medo, Não É Bem A Questão
Um colega dizia-me como a “cultura do medo” ajuda a alimentar a indústria dos testes ao vírus a 100 euros a urgência no dito. Sim, concordo que há áreas de negócio em resplandecente prosperidade. E é verdade que já disse aos meus alunos, que não temo propriamente por mim, eles ou familiares mais próximos abaixo da minha idade ou por aqui, quando os mando meter o nariz para dentro do raio da mascarilha,
Mas há uma coisa que vos garanto… fosse vivo algum dos meus progenitores (e teriam 88, cada qual, nessa feliz eventualidade) eu não estaria na escola a dar aulas ou a fazer outras coisas, por vezes à mesma das 9 às 4 ou 5 da tarde como antigamente, apesar de me terem garantido, do alto ao baixo, que se iriam evitar cruzamentos e que isso é que justificava certas medidas.
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Como “Economizar” Testes E Casos Eventualmente Positivos
Imaginemos que um@ alun@ contactou com alguém que já testou positivo. Em vez de a mandar testar, a “autoridade de saúde” aconselha que fique em casa para ver se surgem sintomas. Se não surgirem, ao fim de uma semana está de volta, sem fazer o teste. Se esteve positiv@ e ficou assintomátic@ é como se nunca tivesse estado.