O ensino não-presencial é um remendo, nada aconselhável para a miudagem mais pequena, mesmo se a alguns só pareceu evidente quando era impossível negá-lo. A conversa do mundo digital do século XXI mostrou toda a sua vacuidade. Mas já é esticar um bocado a corda dar a entender que todos os males da Educação, este ano, resultam do confinamento. Os alunos têm problemas de leitura há muito tempo e não é apenas no 2º ano. Aliás, o raro é encontrar fluência generalizada na leitura e na compreensão de textos escritos mesmo no 5º ou 7º ano. A pandemia teve muitos efeitos negativos, mas começa a ter as costas demasiado largas. Neste momento, em muitos ambientes sociais, os miúdos crescem em famílias em que a leitura, para além de conteúdos funcionais muito simples, quase desapareceu.