Não Gosto De Empurrões

Se há arrogância que admito sem problemas é a de ser capaz de procurar informação, de a analisar, fazer o cotejo do falso, do verdadeiro e do assim-assim e formar a minha opinião acerca de alguns assuntos. Opinião aberta a revisões, não me chocando muito mudar, mas desde que exista fundamento para isso e não apenas conveniência e nunca, por nunca ser, “empurrão”. Porque ainda há quem ache que isto anda com empurrões, o que é legítimo, desde que não o tentem comigo. Gosto de seguir o meu caminho, sem cenouras ou chibatas. Seja no quotidiano mais próximo, seja em outras questões.

Isto vem a propósito de quem acha que eu estou a favor ou contra isto ou aquilo por qualquer decisão inamovível ou Fé suprema. Vamos lã a ver… eu estive furiosamente contra o Partido de Sócrates e a sua querida MLR porque a um já conhecia antes de 2005 o perigo que representava e â outra considero uma medíocre oportunista, que se fez catapultar a partir de uma posição inicial de operacional de um plano que a ultrapassava em muito. Mas nada me move contra um Partido que não seja do Sócrates e daquela sua corte de linos, campos, varas e outros operacionais que até podem não chegar à barra dos tribunais mas não deixam de fazer parte do mesmo caldinho infecto. De que ainda sobraram galambas por aí, fora outros mais discretos.

E vem a propósito de máscaras, emergências e outras coisas assim, que aceito em parte, mas não no todo. Mas certamente não estou do lado dos que andam em redes sociais “pela verdade” a tentar conspirar manifestações de desobediência-beta, numa mistura patusca entre cosmopolitismo e labreguismo, algo que em Portugal bate muito forte em certas zonas socialmente afortunadas e com muita gente desocupada. Daqueles que teletrabalham e amam muito a vida, a menos que a sua petizada esteja por perto ou os velhos que morrem sejam os dos outros, que vão para lares da misericórdia.

Não sei se estou a ser muito duro ou “assertivo”, mas é que me enjoam muitas certas gentes a quem reconheço o direito à opinião desde que não ma queiram enfiar pela goela abaixo, E nisso resisto tanto quanto em relação ao actual PM e à sua forma muito carente de verdadeira humildade e honestidade de tratar a situação que atravessamos. E não gosto muito que uns pseudo-inteligentes apresentem as coisas a dois tons… ou estás pelo Costa ou estás contra o Costa. Ou… ou estás pelo Costa ou estás por nós.

(apoiei a criação da geringonça, não desta “coisa” que agora anda por aí… e na Educação, as reservas que tive em relação ao “mais com menos” de Crato só diferem nos motivos das imensas reservas que tenho em relação regresso à pedagogice da conversa fiada do secretário e seus cortesãos, que ao ministro só continua a faltar-lhe a rama…)

Não, estou por mim e pelos meus que, cada vez mais, pouco vão além do círculo familiar e das amizades mais restritas. Ao resto… que tratem da sua vidinha como bem entendem, desde que me desamparem a loja. E, muito em especial, que não me confundam com alguém com outro tipo de hábitos.

6ª Feira

O ME parece que já tem uma plataforma ou algo assim para registo dos casos de covid-19 nas escolas. Mas tenho a certeza que os dados que lá serão lançados e depois publicitados serão bastante “mitigados” em relação à realidade, por causa das estratégias locais e centrais de “manter a calma e a confiança”. Até porque isto anda a cada lugar, cada sentença de quem decide, a começar por critérios perfeitamente desconformes consoante a “autoridade local de saúde” com que se entre em contacto.