Parece que a Fenprof lançou agora uma petição contra a municipalização do ensino.
Parece anedota, mas não é.
Entretanto, retomo Cândido de Figueiredo em 1892.
O estudo existia e recomendava-se em Portugal, como prenda galante de gentes ociosas, e como meio de conquistar os lugares menos rendosos. As sinecuras, as prebendas, as fontes de pingues proventos, isso era partilhado entre os que, à falta de letras, tinham por ascensores o patronato e a audácia.
Havia aqui três categorias de estudo: primário, secundário e superior.
Para o estudo primário, chegou a haver em Portugal perto de seis mil escolas públicas. Entretanto, e ainda que se decretou o ensino obrigatório, apenas sabia ler uma parte insignificante da população. Numa Exposição Universal, que houve em Viena de Áustria, quase no último quartel do século XIX, provou-se que Portugal, em assuntos de instrução, estava a par da Turquia e da Rússia, que eram por aquele tempo as nações europeias menos civilizadas.
— Que faziam então os seis mil mestres de ensino primário? — perguntarás tu.
Davam palmatoadas e pediam esmola. Primitivamente a esmola era-lhes dada pelo Estado, a título de retribuição. Depois, ergueu-se a bandeira sedutora da descentralização, e os municípios foram encarregados de esmolar os professores; mas, como os municípios também eram pobres, e como a caridade bem ordenada não sai de casa, os professores sentaram-se à porta das escolas, estendendo a mão à caridade particular.
Cândido de Figueiredo, Lisboa no Ano Três Mil, Carta VI
Obrigado, interessante saber para que serve a história 😉
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Pior que a municipalização tem sido o comportamento dos crápulas dos diretores, obrigando a idiotas reuniões presenciais, os registos existem para prová-lo, só para testar as infeções nos professores. Igec = SS para os nazis. Sabem tudo mas continuam calados como ratos.
Horários ilegais, perseguições…tudo apagado …parecem o sef…
Só uma nota: conhece algum comissário político, diretor, que tenha sugerido eleições?????
UM SÓ? Entretanto o be e o pcp mentem aos professores, há já 6(SEIS) anos são a ainda piores que o chega. Prometem uma política diferente e fazem a do outro!!!!! A afirmação sustenta-se numa simples pergunta: o que mudou, para melhor, para os docentes nos últimos 6 anos??????
Ai as próximas eleições….o resultado será bem pior que nos Açores….
…deveremos começar agora a contabilizar os professores internados e em cuidados intensivos…
Mas tal como com o cidadão de leste assassinado neste país, por uma autoridade criminosa, a notícia continuará a ser George Floyd…
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