Escrever Todos Os Dias Para Ganhar O Pão Pode Ser Um Prazer Ou Uma Triste Sina

Nem todos são Camilo. E mesmo ele tinha dias maus. Em matéria de cronistas cá pelo burgo, há quem ganharia muito (e nós agradeceríamos) em receber mais por cada crónica e só ter de escrever (no máximo) uma ou duas por semana, quiçá por quinzena, sem olhar a likes ou partilhas em redes sociais. Digo eu que escrevo todos os dias por prazer e sem ganhar nada com isto.

O mesmo se aplica para comentários televisivos semanais (ou quando o patrão chama), a solo ou em grupo idiótico.

(o problema não é, sequer, se concordo ou discordo de certas asnices que leio ou ouço, é mesmo darem a sensação que são escritas só para “fazer efeito” ou “ganhar créditos” junto da tertúlia que depois arranja as devidas compensações e se alguém disser que estou a pensar nuns certos cromos, eu não desminto… e nem sequer me estou só a referir a políticos no activo com avença para debitarem agit-prop… ou sequer de quem tem de “abjecção” uma definição muito ampla e pouco auto-crítica)

Causas E Efeitos

Primeiro aumentam os contágios. Depois os internamentos. Depois as mortes e as recuperações. Esta sequência demora dias, semanas a verificar-se. Como a luz das estrelas que vemos não é a que está agora a ser emitida, o número de morte ou recuperações não corresponde aos contágios ou sequer aos internamentos do mesmo dia ou dos dias imediatamente anteriores, pelo que ao fim de meses e meses deste tipo de relatórios, cansam aqueles títulos como “mais mortes, mas mais recuperações” (ou uma frase semelhante ou at´+e com os factores com outros sentido como “mais contágios, mas menos internamentos e menos óbitos”) porque os dois fenómenos são efeitos da mesma causa – o aumento de contágios há duas ou três semanas.

A Confirmar-Se, O Homem É Ainda Mais Idiota Do Que Eu Pensava

O mesmo seria válido se a declaração se aplicasse ao Sporting ou a qualquer outro clube. Não está em causa um tratamento diferenciado, mas a admissão do desrespeito pela lei. A frase é, ao que parece, de 2017. Não se trata de qualquer embirração clubística minha, apenas a constatação de que é muito provável que tenhamos um imbecil como o ministro da Educação mais tempo em funções desde 1974.

“Benfica está acima da lei. Não podemos tratar todos os clubes de igual forma”, diz Ministro da Educação

Sábado

Nos tempos digitais em que dizem vivermos, em que tudo pode ser tele-resolvido, eis que para “resolver” um daqueles contratos de utilização de um cartão de crédito não solicitado e objecto de umptésima alteração aos termos, é necessário dirigir “comunicação escrita” à instituição bancária “em papel ou noutro suporte duradouro”, não se percebendo bem o que esta última expressão poderá significar. Pelo que em papel terá de ser, para que nenhuma “tecnicalidade” não seja alegada para continuarem a sacar, a seu belo prazer e escassa regulação, o que bem entendem por serviços que antes se dizia servirem para economizar encargos à dita instituição.

E estamos a falar do banco público, agora transformado em mais um “sacador” desde que serviu de caverna do ali-babá para financiar negócios à cardona e à vara, de um lado ao outro do “espectro” e salvar milénios e outros assim.