Pontes Pandémicas

A 30 de Novembro e 7 de Dezembro. Mas com limitações de deslocação. E o actual PM antes até tinha dito o óbvio… algo como “quanto mais nos deslocamos, maior o perigo de contágio”.

Quanto ao mapa do “risco”, seria muito, mas mesmo muito importante, que a incidência de casos fosse segmentada de acordo com a origem dos surtos. Mais detalhes aqui.

Um Desnecessário (E Involuntário, Por Certo) Equívoco

Por vezes leio coisas que me fazem pensar que há uma espécie de campeonato para ver quem gosta mais do ensino presencial e dos seus alunos nas aulas. O que pode dar a entender que tamanho gosto e essa afeição possam ser menores em quem tenha reservas quanto ao prolongamento até aos limites da razoabilidade do regime presencial. Prolongamento necessário em grande parte porque a tal Transição Digital continua em trânsito parado no semáforo e nem sequer tanto por outros motivos economicistas. Se é para levar a sério que a tal recomendação para o teletrabalho nos concelhos de risco.

Como o da Anabela Magalhães, que eu sei de sabida certeza que adora estar nas aulas com os alunos.

Narrativa Ficcional Construída para Burro Ver

(eu sei que é menos complicado conhecer casos de contágio do que conhecer casos concretos de morte num par de semanas por causa da doença…)

Merecido

Eram momentos em que a comunicação clara dos elementos científicos disponíveis não era encoberta pelo spin da política. Por cá insiste-se em apontar isto e aquilo à senhora da DGS como se não se percebesse que ela não está lá como técnica, mas sim como alguém que é da confiança política do aparelho político no poder.

Covid-19. Governador de Nova Iorque recebe Emmy pelas conferências de imprensa sobre a pandemia

Sábado

Da reunião no Infarmed, entre outras informações, ficámos a saber que muitos números que são apresentados para “desenhar” as políticas são uma triste ficção. A verdade é que em 80% ou mais dos casos de contágio, não se sabe a sua origem e mesmo desse só em 60% se consegue estabelecer com algum rigor o “paciente zero” ou algo similar. O que significa que se dizer que 70% dos casos (com origem conhecida e rastreio completo) tem origem aqui ou ali (tem sido usado um valor próximo para os contágios em ambiente familiar), é uma mistificação que esconde o facto de esse valor ser 7-8% de todos os casos “positivos”. O que é muito pouco, pois o rastreio de casos com transmissão familiar é mais fácil de determinar do que o verificado em outros ambientes.

E tudo isso ajuda a explicar que o que aparece na boca de políticos, como o actual PM ou o PR, seja tão desconforme ao que se observa no dia a dia. E ao que estudos internacionais feitos com outro tipo de amostras (na quantidade e qualidade) demonstram.