Da reunião no Infarmed, entre outras informações, ficámos a saber que muitos números que são apresentados para “desenhar” as políticas são uma triste ficção. A verdade é que em 80% ou mais dos casos de contágio, não se sabe a sua origem e mesmo desse só em 60% se consegue estabelecer com algum rigor o “paciente zero” ou algo similar. O que significa que se dizer que 70% dos casos (com origem conhecida e rastreio completo) tem origem aqui ou ali (tem sido usado um valor próximo para os contágios em ambiente familiar), é uma mistificação que esconde o facto de esse valor ser 7-8% de todos os casos “positivos”. O que é muito pouco, pois o rastreio de casos com transmissão familiar é mais fácil de determinar do que o verificado em outros ambientes.
E tudo isso ajuda a explicar que o que aparece na boca de políticos, como o actual PM ou o PR, seja tão desconforme ao que se observa no dia a dia. E ao que estudos internacionais feitos com outro tipo de amostras (na quantidade e qualidade) demonstram.
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