QAnon

Chegou, nas últimas semanas, à nossa comunicação social algum interesse pelo QAnon, o movimento mais recente ligado a teorias de conspiração globais. O fundador – ou supremo sacerdote da coisa – era uma variante discreta de Alex Jones, bem instalado em Wall Street, até o Citigroup (que não se destaca propriamente por ser uma organização esquerdistas ou contaminada por “marxismo cultural”) o ter despedido. O movimento surgiu e cresceu muito ligado à recandidatura de Donald Trump. Embora abrigue de tudo um pouco do mais chalupa que se possa imaginar (e que parece ter convencido o presidente de partida), eis um resumo da sua tese central:

The QAnon conspiracy theory is vast, complicated and ever changing, and its adherents are constantly folding new events and personalities into its master narrative. But the gist of it is that national Democrats, aided by Hollywood and a group of “global elites”, are running a massive ring devoted to the abduction, trafficking, torture, sexual abuse and cannibalization of children, all with the purpose of fulfilling the rituals of their Satanic faith. Donald Trump, according to this fantasy, is the only person willing and able to mount an attack against them.

A tese é generalizada à Península Ibérica, que se afirma governada por uma rede pedófila. Em Portugal afirma-se que haverá 250 adeptos assumidos.

Um dos subprodutos da “luta” deste grupo consiste, curiosamente ou não, na oposição a medidas de combate à covid e alguns dos seus “dirigentes” são explicitamente “anti-máscara” e já chegaram ao Congresso americano.

Anti-maskers are not on the fringes of society anymore, unfortunately — and neither are QAnon believers. Now, the first member of Congress to openly espouse QAnon theories is also bringing anti-mask rhetoric to Washington, D.C. Marjorie Taylor Greene, Congresswoman-elect in Georgia, has told her fellow newly elected members of Congress that, in her opinion, masks are oppressive. 

As queixas de “silenciamento” vieram do cancelamento das contas ligadas ao movimento nas principais redes sociais, mas já encontraram uma nova plataforma de acolhimento.

Apenas Uma Ilusão?

A Suécia, cuja estratégia contra a covid-19 tem sido relativamente descontraída, limitou a oito o número de pessoas em reuniões públicas a partir desta terça-feira, a medida mais radical promovida na segunda vaga pelo Governo, agora mais intervencionista.

As restrições de reuniões – uma decisão “sem paralelo em tempos modernos”, segundo o primeiro-ministro social-democrata, Stefan Löfven – segue-se à proibição de venda de álcool a partir das 22h e à ordem de encerramento da hotelaria e discotecas às 22h30, que entraram em vigor na semana passada.

Espanha com novo máximo diário de mortes da segunda vaga

A Espanha registou hoje mais 537 mortes atribuídas à covid-19, um novo máximo diário de óbitos durante a segunda vaga da pandemia, passando o total de mortes para 43.668, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol.

Reino Unido com mais 608 mortes, o maior aumento desde Maio

Registaram-se mais 608 mortes por covid-19 no Reino Unido, o que representa o maior número diário desde 12 de Maio, quando morreram 614 pessoas infectadas com o novo coronavírus.

Itália regista maior número diário de mortes desde 28 de Março

Itália registou 853 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, o valor diário mais elevado desde 28 de Março (889). No total, o país contabiliza 51.306 óbitos provocados pelo novo coronavírus.