Era inevitável que se estabelecessem prioridades e se definissem critérios. Parecem que circulam várias versões de um documento que parece do tipo “vamos lá a ver se pega” e se pegar “como pega”. Esta é uma delas. No fundo é “quanto vale uma vida e como se calcula isso”. É a questão entre todas as questões, para quem ainda não sabe se existe alguma divindade (ou um monte delas, os hindus não podem estar todos errados). Se há questão “civilizacional” é esta. E algumas posições a seu respeito têm-me deixado quase espantado, ou não conhecesse eu a hipocrisia que por aí anda sempre que se fala no “valor da vida”.
Para um leigo, que quer acreditar que existe alguma ciência (ou Ciência) nisto e alguma lógica (espera-se que Lógica) eu definiria duas prioridades:
- Os que podem morrer da doença (ou seja, os “grupos de risco”), de forma muito evidente, sem a vacina (quem tem patologias que a covid exacerba e conduz a uma morte quase certa, mais ou menos velhos).
- Os que podem espalhar os contágios de forma “silenciosa” por serem globalmente assintomáticos (os mais novos).
- Só depois passaria aos que, tendo a doença, revelam sintomas, mas com capacidade de os ultrapassar (o lote em que acho que estou, portanto, não me venham dizer que é uma opinião feita à minha medida).
Aceito outras opiniões, desde que as fundamentem de um modo diferente de “se já vão morrer quase na certa, que se lixem que as vacinas são caras”.
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