Fases Da Vacinação

Depois da solidária candidata presidencial Ana Gomes que fez o que podem fazer as pessoas com meios para isso, haverá três fases de vacinação.

Estão aqui, ficando por se afinar o que são forças de segurança genericamente de serviços essenciais cuja elencagem tem ainda de ser afinada” (…). A mim parece que falta afinar qualquer coisa na frase. E quer-me parecer que por “essencial” se entendem coisas diferentes de semana para semana.

Declaração de interesses: não é por desconfiança anti-científica, medo de seringas ou com receio de me transformar em antena ambulante de 5G (sim, mandaram-me um vídeo em que uma “médica” explicava como uma vacina com RNA nos transforma basicamente em mutantes autómatos e retransmissores de sinais electromagnéticos), mas posso ficar para a 4ª fase. Porque se todos se vacinarem antes de mim, deixo de correr riscos e sempre evito congestionar o acesso a quem ir a correr, incluindo boa parte de quem andou a dizer isto e aquilo, mas mal tenha oportunidade começará a queixar-se de não estar na fila da frente.

Em Reavaliação

Parecia quase inquestionável até há um ano. Não perdeu validade (os excessos nocivos da “positividade” não desapareceram), mas o carácter algo absoluto atribuído ao fim da época viral.

Cada época tem as suas doenças paradigmáticas. Podemos, assim, dizer que existe uma época bacteriana que só durou, porém, quando muito, até à descoberta dos antibióticos. Apesar do medo descomunal de uma pandemia gripal, não vivemos presentemente na época viral. Graças ao desenvolvimento da técnica imunológica, já a conseguimos ultrapassar. De um ponto de vista patológico, não é o princípio bacteriano nem o viral que caracterizam a entrada no século xxi, mas, sim, o princípio neuronal.

Byung-Chul Han, A Sociedade do Cansaço, p. 9.

5ª Feira

Na Bélgica, são permitidas apenas quatro pessoas em celebrações do Natal e mesmo assim com regras muito específicas, mas em Portugal há escolas onde se podem “ajuntar” 8, 10 ou mais pessoas em reuniões de avaliação presenciais. Como acontece em reuniões do 3º ciclo ou do Secundário, nomeadamente quando há disciplinas com alunos de turmas diferentes. Por certo, porque quem decide o faz em gabinete de acesso reservado. E depois querem que acreditemos naquilo das “bolhas” e na lucidez desta malta. E falo em falta de lucidez para não falar em excesso de outras coisas que poderiam ser consideradas ofensivas.

Ainda vamos a tempo da tutela, tão resguardada de exposição pública nestes tempos, intervir nisto, mesmo que se trate de direcções amigas. Porque o que mereciam era uma de atestados de risco nesses dias.