Dia: 6 de Dezembro, 2020
Acho Absolutamente Inadmissível
Colegas do ensino público a convocar alunos a meio de um domingo para aulas síncronas na manhã de um dia em que foi decretada a suspensão de actividades lectivas e em que isso até foi imposto pelo ME ao próprio ensino privado. Aulas de duas horas e com tarefas de avaliação. Inadmissível. A tantos níveis, Perderam aulas com as “pontes”? Flexibilizem! Não foi isso que vos andaram a dizer para fazer? Não andaram em tantas formações a aprender a flexibilizar? Aulas síncronas de duas horas, com alunos a ser avaliados em que foi explicitamente decretado que não haveria actividades lectivas? Há quem só tenha o que mereça. O que me custa é que a miudagem fica com receio de não aparecer,
Se o órgão de gestão não sabe, deveria saber. E não permitir. Ou fingir, depois, que não soube ou que já nada pode fazer. Uma absoluta vergonha. Estamos no primeiro período. Os feriados já estavam no calendário. É por causa de duas aulas que tudo vem abaixo? Grelhem menos e aprendam mais jogo de cintura. Eu que até sou para o rotundo e dizem que teimoso, aprendi.
O Plano De Capacitação Digital Dos Docentes – A Formação
Fica abaixo o modelo de formação por níveis.
Para quem quiser saber mais, fica aqui um dos documentos de apoio à formação dos formadores.
Plano De Acção Para O Desenvolvimento Digital
A formação contínua vai fazer uma viragem da Flexibilidade e da Inclusão para a Digitalização. Até 7 de Janeiro os projectos de acções de formação têm de estar prontos para ser financiados.
O esquema geral é o que se segue:
O mais certo é que a partir deste questionário europeu, tenham de preencher em breve a versão nacional, para que possam ser posicionados e recrutados para formações de 50 horas. Eu fiz duas vezes, uma com as condições actuais resultantes da pandemia, que limitam a presença de turmas inteiras nas poucas salas devidamente equipadas nas escolas, e o facto de ter 5ºs anos com muito pouca literacia digital (o que limita as possibilidades de trabalho) e cheguei aos 63 pontos. Respondendo com o que consegui fazer em outros anos, nomeadamente quando tive 9ºs consegui chegar aos 68, porque é complicado responder que, com as condições existentes na maioria das nossas escolas não é muito sério afirmar que se recorre ou faz “sistematicamente” seja o que for.
Não deixa de ser interessante que o questionário ignore por completo a formação do docente ou a formação já feita na área.
Promessa Solene
Eu seja abundantemente fustigado se voltar a ousar ir a mural de colega (de qualquer género) colocar informação que contrarie qualquer teoria sobre a ligação da pandemia a estratégias de dissimulação global, seja a nossa transformação em antenas 5G móveis, seja a de a vacina não passar de um placebo para nos catalogarem todos numa base de dados para depois nos transformarem em autómatos. Depois de ler hoje uma ex-colega de escola, dizer que a verificação de factos não lhe interessa nada (e eu nem sequer recorri ao Polígrafo), acho que é inútil o meu contributo para qualquer tipo de discussão em que uma das partes assume que os “factos” não existem e que um dado laboratório pode ser ao mesmo tempo do governo chinês e ter sido usado para enviar o vírus para a América e ser da Glaxo (e da Pfizer) para depois fazer vacinas para o combater. Isto já não é bem andar a discutir no reino da pós-verdade, mas ter optado por uma realidade alternativa distante. É que eu nem estou a contestar que há empresas e grupos que vão ganhar muito dinheiro ou que isto não tem dado jeito para implementar políticas restritivas da liberdade e acesso à informação, apenas a pedir que o demonstrem de um modo verificável. Nada mais do que isso. Mesmo sendo a História uma disciplina dada a “narrativas”, aflige-me quem pareça acreditar que a terra é oca (sim, eu li o Edgar Rice Burroughs em devido tempo) e ao mesmo tempo plana (e as fotos de satélite são todas montagens e quando o Fernão de Magalhães ia dar a volta ao mundo foi morto e foi substituído por um espanhol que voltou pelo mesmo caminho).
Phosga-se.
Domingo
Há assuntos que o são apenas porque é paupérrimo o cenário noticioso por estas bandas. É por isso que me espanta que Pacheco Pereira – que tanto gosta de criticar epifenómenos mediáticos fabricados – se (pre)ocupe tanto com o livro em que Cristina Ferreira se queixa das ofensas que lhe são dirigidas nas redes sociais, apresentando-o como acto de coragem por replicar nas suas páginas essas mesmas ofensas. O livro não é extenso e isso até ajuda a preenchê-lo. Quanto à “covardia” que PP identifica nos ofensores anónimos nas redes sociais, nada a a dizer, apenas acrescentando que é equivalente à de outros que, de modo anónimo, a partir de gabinetes oficiais fizeram e fazem espalhar frequentemente para as redacções da comunicação social “séria” insinuações mais ou menos difamatórias, quartos de verdades truncadas e outras habilidades assim para desacreditar quem lhes desagrada. Por vezes, a partir do recurso a informações a que só de forma muito peculiar teriam acesso. Nada disso parou com a saída do engenheiro, o desfalecer dos “corporativos” ou outros avençados ou apenas “amigos”. Já por aqui escrevi que quanto a identidades falsas há as que existem a partir de meios oficiais a lançarem isco. Não falo do assunto por ouvir dizer. Quanto á Cristina Ferreira, infelizmente, é o mundo que temos e não é apenas em quem surge todas as semanas na capa de 2 ou 3 revistas e nem sempre contra a sua estratégia de comunicação e promoção.
Já o assunto da presença de Ljubomir Stanisic naquela greve da fome dos representantes da restauração diante do Parlamento em que o autarca Medina serviu de intermediário com o Governo, apenas acho curioso o facto de ter ouvido a gente que se diz da esquerda tolerante e multicultural coisas como “isto aqui não é a Bósnia”. O que me parece uma variante do “e se voltasses para a Guiné”. Independentemente de o homem ter sido mais ou menos bruto com o Chicão que agora já é um símbolo da democracia depois de lhe terem chamado de forma mais ou menos explícita fascista.