Em 2019, os alunos do 4º ano que começaram a escolaridade em 2015, desceram pela primeira vez desde 1995 os resultados em Matemática. O actual Governo, sob cujo mandato estes alunos fizeram todo o 1º ciclo culpa o anterior e as “políticas de Nuno Crato” que tinham permitido em 2015 prosseguir os ganhos anteriores. Isto é um nível superior de desonestidade política. Ou apenas não saber contar de 4 em 4. Já sei que alguns irão dizer que eu estou a defender Crato. Neste caso, sim. Em outros, nem pouco mais ou menos como ficou devidamente registado em seu tempo. Agora, que com esta pandilha na Educação as coisas se começaram a desleixar, é uma evidência. E não são provas patetas no 2º ano que podem substituir as do 4º ano quanto a alguma responsabilização nisto tudo. Provas que não eram “exames” como alguns gostam de afirmar, sabendo que mentem. Mas que serviam para alguma coisa. Acabaram com ela… os resultados internacionais descem. E a culpa é dos outros?
Estes alunos são os “filhos” do Tiago a porta-voz e do João a mexer os cordelinhos da sonsice pedagógica (que tem muitos adeptos entre nós, eu sei… a malta que critica a “examocracia”). Este alunos foram os primeiros que “beneficiaram” do fim das provas finais do 4º ano; eram eles que estavam no 1º, quando elas foram eliminadas. Fizeram todo o primeiro ciclo sem essa sombra tenebrosa. Começa a perceber-se o que (não) valem as patacoadas requentadas de um nicho ideológico que foi moderno há 50 anos.
Quando foi da subida nos PISA, feitos com alunos que tinham feito quase todo o Básico em outros mandatos, apressaram-se a reclamar os louros. Agora, que são alunos que passaram o tempo todo com tão preclaros governantes, já sacodem a água da sebenta.
(se for preciso um desenho, eu faço… por exemplo, uma ficha de Português de 5º ano que há 4 anos eu aplicava em dois tempos no final do período, agora preciso de a aplicar em três e há quem não a consiga acabar… e nem sequer é com “matéria nova”… é apenas leitura, interpretação e os rudimentos da gramática e de alguma escrita)
Toda a razão, Paulo. Lá por casa escrevi isto: https://raposotavaresbolsaemercados.wordpress.com/2020/12/08/portugal-e-espanha-veem-os-seus-alunos-de-40-ano-sucumbir-em-matematica-e-em-ciencias-nos-testes-pisa/
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Republicou isto em Raposo Tavares.
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A educação é um eterno laboratório 😞
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Tomei a liberdade alarve de republicar este post lá por casa.
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Quando não há contraditório na comunicação social… sai disto!
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Concordo plenamente com o Paulo. Que houve um nervoso instalado, com as provas no tempo de Crato, houve, mas houve muito mais seriedade. E a educação é o elevador social e não as brincadeiras que foram medidas no currículo pela equipa do Sr. Tiago.
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É a educação do PS….a culpa é sempre dos outros…mas se corre bem, então somos ( PS) bons…porra que está bipolaridade do tiaguinho e companhia alargando ao deputado silva, Porfírio de seu nome….me dá vômitos.
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Que as mãos não lhe doam, Paulo Guinote!
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Felicitações. Não só está a defender o Crato como também quem decidiu, em 2007 se não me falha a memória,que as provas de aferição do quarto ano voltassem a ter um carácter universal, a M.L.R. Há que defender, face à “sonsice pedagógica” aquilo que parece ser uma escolha de bom senso e não apostar numa fuga sonsa para a frente, como parece ser a “estratégia” do actual S.E.
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Eu em relação à MLR lembro-me de reclamar para o Plano de Acção da Matemática a responsabilidade por aquela melhoria quântica dos resultados nos exames do 12º ano em 2008 quando esses alunos nem por ele tinham passado.
Já agora… existe uma diferença entre provas de aferição e provas finais.
Eu sei que há quem lhes chame “exames” e nem é sequer por ignorância. É mesmo por sonsice. E o João e o Tiago (este, coitado, se calhar até acredita no que lhe mandam dizer) alinharam à grande com a demagogia do Bloco (e do grupo do MEM no PS) nesta matéria.
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Obrigado pelo aparte. Não desconheço a diferença mas pretendia acentuar uma certa continuidade entre as opções de M.L.R. e Crato.
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Cada vez mais o espaço público se parece com uma arena de wrestling. As técnicas de manipulação são infantis, mas o público adora torcer por um dos lados e chamar nomes ao outro. Agora até somos todos social democratas…
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Se vamos pelos parêntesis, Paulo, eu descubro a cada par de anos que afinal os fraquíssimos alunos de dois anos antes eram verdadeiros génios.
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Eu não diria génios, mas a verdade é que de há 2 anos para cá se nota a maior dificuldade em ler um texto.
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Jorge Mendes, essa continuidade existiu em vários aspectos. Em alguns, infelizmente e lembro-me de na altura ter escrito isso mesmo.
https://www.publico.pt/2012/01/09/jornal/ano-um-de-crato-ou-ano-sete-de-socrates-23745365
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