Depois daquele post sobre o despacho shôr sub-director da DGAE, o ex-novo e ex-contratado e ex-activista César Israel Paulo, falei com alguém que o conhece melhor do que eu, assim como ao SE Costa. Percebendo as minhas razões, não deixou de me assegurar que os dois (CIP e JC) são pessoas que fazem o seu trabalho com grande “empenho e dedicação”, o que eu nunca coloquei em dúvida. Aliás. sendo de História, estou de barriga cheia de malta que, ao longo dos tempos, se empenhou e dedicou de forma quase insuperável à “operacionalização” das suas ideias e convicções. O problema está nos objectivos que norteiam tamanho “empenho” e tão desmesurada “dedicação”. Então o século XX está cheio de vultos deste tipo. E lá surge a tentação pelo argumento ad hitlerum. Alguém acha que o Hitler, o Estaline, o Mao e tantas outras luminárias menores se dedicaram à aplicação das suas políticas de forma desleixada e preguiçosa? Acho mesmo que são exemplos maiores de “empenho e dedicação” às suas causas. O problema eram mesmo as causas. Que, ainda por cima, se dizia serem “ao serviço do povo” e “a favor da Pátria/Nação/[coloque o que achar mais adequado]”.
Claro que não estou a comparar políticos menores (ou aspirantes a isso pela via do engraxadorismo administrativo) de um país periférico a essas personalidades e muito menos as suas políticas ao extermínio de povos/classes sociais/[coloque o que achar mais adequado]. Calma. Apenas estou a afirmar que o “empenho e dedicação” são muito relativos. E sim, não é um argumento válido para acharmos que alguém está a agir bem. Assim como a “sincera crença que estão a fazer o melhor para o país”. O Salazar achava isso mesmo. Ou aqueles tipos da Polónia e da Hungria que ainda hoje se congratularam por terem defendido os interesses dos seus povos ao negarem, com empenho e dedicação, a obrigação de respeitarem o Estado de Direito. Mesmo se os ditos povos parecem discordar, pelo menos em boa parte.
Às vezes é preferível menos empenho e menos dedicação , O velho ” quem não estorva já faz muito” .
Será o caso?
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A divisa que o JC fazia passar nas escolas durante o auge da propaganda, pre-covid, era “se soubessem o que custa mandara, prefeririam obedecer” ( de onde terá isto vindo..,?). Deveríamos, todos levá-los, a ele e aos comissários políticos, num andor!!!!! Canonizá-los, mesmo!!!
Isto ocorreu durante anos em verdadeiras sessões de lavagem cerebral oficialmente convocadas.
Tudo suportado em falácias e mentiras expostas em tom de governante sério!
Nota: só uma pergunta, quantos diretores se demitiram, conforme terão ameaçado? ??!!!!!!!!!!
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Os estúpidos, quando são muito dedicados e persistentes podem chegar longe. Para azar de toda a gente…
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100% no alvo a análise do Paulo.
Serve igual quando se ouve louvar o outro como “muito trabalhador” ou “é o primeiro a chegar e o último a sair”, como se isso fosse sinónimo de fazer bem, neste particular, fazer muito e bem.
“O João, na sua única ação do dia, fez asneira, já o Pedro, nas numerosas ações que desenvolve por dia, porque é bem mais trabalhador que o João, fez muitas asneiras”. Se tiver que ficar com um e puder escolher eu quero o João.
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