Metáfora Ou Analogia De Um País A Fingir?

O episódio em que 16 castelhanos, desculpem, espanhóis, vieram até uma quinta ali pelo Ribatejo e abateram uma quantidade insana de animais que viviam em semi-cativeiro, para além de evidente cobardia (extensiva a certos articulistas-caçadores armados em marialvas serôdios) , é um exemplo daquilo em que o nosso país subdesenvolvido se acomodou a ser: um lugar aprazível, que se alinda para que venham cá estrangeiros deixar alguma esmola, maior ou menor, conforme as oportunidades e possibilidades. Não difere muito de Lisboa vendida aos turistas, e taxada a todos pela mais pequena coisa, pelo Medina ou de outras zonas do país, governadas por autarcas apanhados em saldos na distrital ou concelhia do partido mais “local”.

Não vale a pena muita indignação. Como há uns anos em Benavente, foram-se os sobreiros e ficou espaço para “turismo” ou qualquer coisa assim e se existir multa ou coima, acaba reduzida ou anulada numa 2ª ou 3ª instância ou fatiada e perdoada “pelos serviços”.

4ª Feira

Uma fnac às 8.05 da manhã é uma visão quase paradisíaca. Apenas a senhora da limpeza e dois funcionários algo estremunhados. Melhor, só mesmo se a oferta não fosse toda tão mainstream.

(quanto à razão de estar ali a tal hora – assim como se ter revelado impossível lá entrar cerca de 12 horas antes – é melhor não perguntarem, ou volto aos temas chatos do costume…)