5ª Feira, 24 De Dezembro

Não sou crente, não encaro o Natal como uma festividade propriamente religiosa, mas como um momento de paragem, respiração e partilha familiar. Em que se procura recuperar alguma pureza nas relações humanas, o que se foi tornando cada vez mais raro e quase ocasional. Este ano, por todas as razões, poderia ser o momento quase ideal para muita gente fazer uma pequeníssima introspecção e reconsiderar os seus valores e acções e pensar se estas correspondem aos princípios que explicitamente proclamam (eu incluído). Ia escrever mais umas coisas, mas acho que fugiria ao espírito natalício que tanto se pretende. Fica para daqui a uma semana um balanço das hipocrisias do ano. Por estes dias, serviços mínimos.

A ilustração é do colega Alexandre Trindade, que todos os Natais

E como banda sonora a música que o politicamente correcto andou a censurar lá por fora, por enquanto na Inglaterra.