E De Zigue Em Zague Lá Vamos, Cantando E Rindo

O rumo é à vista, conforme o oportunismo do momento. Um destes dias ainda se lembram que, afinal, os exames até são maus e as perguntas deviam todas trazer a resposta. Ou ser tudo de cruzinhas. Ou ser tudo sorteado como no euromilhões. É conforme.

As provas do 9.º. 11.º e 12.º anos vão manter perguntas opcionais, como no ano passado, mas o nível de dificuldade das alternativas será semelhante para evitar classificações acima do normal.

Agora Fiquei Na Dúvida

18 de Dezembro:

Questionado pelos jornalistas, Tiago Brandão Rodrigues acrescentou que “nem alguém embriagado faria” declarações daquele teor, em referência à denúncia feita pelo ex-presidente do IPDJ, Augusto Baganha, que foi exonerado em 2018.

“Eu, que sou um abstémio conhecido, obviamente, nunca faria declarações dessas”, reforçou, rejeitando ter dito, durante uma conversa, em 2017, que o “Benfica está acima da lei”.

22 de Dezembro:

“O PSD traz-nos aqui o que aconteceu entre 2011 e 2015 [período de Governo PSD/CDS-PP], um tempo de querubins e de querubinas, um tempo de serafins e de serafinas. E agora só Lucíferes, Belzebus, entes cornudos que existem por aqui a trabalhar a educação”, ironizou.

Tele-Servidão

(…) hoje, encontramo-nos livres das máquinas da era industrial, que nos escravizavam e exploravam, mas os aparelhos digitais trazem com eles uma nova coação, uma nova escravatura. Exploram-nos em termos mais eficazes porque, dada a sua mobilidade, transformam qualquer lugar num ponto de trabalho e fazem de todo o tempo um tempo de trabalho. A liberdade da mobilidade paga-se por meio da coação fatal de termos de trabalhar em toda a parte. Na era das máquinas, o trabalho distinguia-se do não-trabalho pela imobilidade das máquinas. O local de trabalho, até ao qual tínhamos de nos deslocar, podia separar-se com facilidade dos espaços de não-trabalho. Na atualidade, em grande número de profissões, essa delimitação foi suprimida. O aparelho digital torna móvel o próprio trabalho. Cada um de nós leva consigo de um lado para o outro o posto de trabalho numa espécie de regime de campanha. Já não é possível escaparmos ao trabalho.

Os smartphones, que prometem mais liberdade, exercem sobre nós uma coação fatal – isto é, a coação de comunicar. Entretanto, a nossa relação com o aparelho digital torna-se quase obsessiva. compulsiva.

Byug-Chul Han, No Enxame – Reflexões sobre o Digital. Lisboa: 2016, p. 46.