Missão Cumprida

Pelo menos em parte. A introdução do termo “araras” no post de sábado parece ter sido um sucesso, porque foram muit@s @s que aparentemente se sentiram visad@s e começaram a esvoaçar a a palrar, como se a ofensa lhes fosse dirigida. Reparem, eu não estava a pensar em vós, individualmente, e como já escrevi tenho bastante estima pelas araras, assim como pelas catatuas, papagaios, tucanos e outros seres alados vistosos (embora, por vezes, algo… algo…). Ter desagradado a uma parte da audiência, para mais a que reagiu da forma esperada (“ai, que eu até concordaria, mas o rom, o tom… ai, credo, cruzes, o tom, o vocabulário usado”), foi um prazer que nem sempre estas prosas ocasionais me permitem.

(foi engraçado ver pessoas que dizem ter desistido de ler o que escrevo, a demonstrarem que leram o texto quase até ao fim porque as araras só surgem já na recta final…)

Domingo – Dia 10

Não me consigo espantar com os “escândalos” das vacinações a pedido, de pasteleiros do Porto a religiosos de Trancoso, passando por uma burocrata da nomenklatura partidária de Setúbal. Uma das vantagens (?) de se ser “menos novo” é o conhecimento da natureza do país em que vivemos e das pessoas com que convivemos. Somos um país pobre a vários níveis e em avançada decomposição ética e moral. E não me venham dizer que isto é o discurso do Ventura, porque ele é apenas mais um dos sinais de uma podridão que se entranhou na sociedade e da qual nunca conseguimos ficar livres. No presente, no passado e parece que no futuro próximo. Não conheci nas últimas décadas nenhum discurso refundador que não tivesse culminado numa nova situação em que apenas as moscas mudaram e mesmo assim nem todas, que há umas varejeiras que já fazem parte do cenário a tal ponto que nem estranhamos estarem sempre presentes.

A velocidade de cruzeiro das mortes ganhou um carácter abstracto e mesmo num domingo cinzento, nada convidativo a saídas, ouve-se o burburinho na estrada, aqui não muito longe. O pessoal habituou-se, mesmo se ainda há quem se indigne, mas quem se indigna é criticado por não ser “este o momento ideal”, para, por exemplo, se apurarem “responsabilidades”. Agora é “tempo de nos unirmos”. O raio é que é. Não há qualquer “colectivo nacional” que resista à soma da inconsciência e estupidez de muitos indivíduos, seja os que afirmam subitamente libertários, seja os que amocham perante tudo e ainda acham que todos devem ser assim.

Valha-nos quem ainda insiste em pensar sobre tudo isto.

A pandemia pôs a descoberto, maciçamente, os disfuncionamentos de muitos serviços, e as graves falhas do nosso sistema social e político. As insuficiências do Serviço Nacional de Saúde, a falta de recursos e de incentivos, a injustiça do tratamento reservado aos velhos nos lares, a escassa protecção sanitária dos trabalhadores não confinados, a deficiente organização do sistema educativo, o desprezo pela mulher considerada como inferior (violência doméstica), todas estas chagas da nossa vida social ganharam uma relevância, como nunca, durante a pandemia. Não só porque aumentaram em número e porque foram amplamente mediatizadas, mas porque a sua importância tomou um outro sentido: foi e é, sob fundo de morte — ou de fragilização extrema da vida —, que estes males foram e são percepcionados e tacitamente avaliados.

Uma sensibilização intensa às injustiças e desigualdades apoderou-se das pessoas. A morte de idosos num lar mal protegido, o espancamento de uma mulher confinada, o ministro que impõe férias para esconder a impreparação das escolas para o ensino à distância, são acontecimentos imediatamente considerados inadmissíveis e escandalosos: como foi possível que ocorressem, quando morrem todos os dias centenas de homens e mulheres? Como é possível brincar com a justiça, enquanto a doença e a morte condenam brutalmente tantos inocentes? Brincar com a vida humana tornou-se intolerável.

Neste momento extremo de ruptura dos serviços hospitalares, de desnorte das populações, de distância que se alarga entre a classe política e a comunidade, a democracia esboroa-se e claudica. A representatividade dos responsáveis é cada vez menos evidente, as decisões políticas são cada vez mais controversas, o mal-entendido entre os governantes e os cidadãos é cada vez maior. Os portugueses sentem todos os dias a perda da coesão social. Revêem-se pouco no estilo e no conteúdo das mensagens dos governantes. Confinam-se mais por medo e hábitos de obediência do que por solidariedade activa. A sociedade dos vivos, já de si atomizada e irritada pela pandemia, separou-se dos seus mortos, tornados anónimos, distantes, empilhados em morgues ou contentores frigoríficos — como aconteceu em Itália e Nova Iorque e acontece ainda em Manaus, no Brasil.

José Gil

Sábado – Dia 9

Ontem dediquei-me à tarefa (ingrata) de ir espreitar algumas reacções, em grupos de professores numa certa rede social, à posição comum tomada por um grupo de bloggers professores de que fiz parte, no sentido de saber se a lei do teletrabalho se aplica a nós. O texto era sóbrio o suficiente para que todos os envolvidos se sentissem identificados, pois remete apenas para as promessas políticas feitas, para as garantias dadas sobre o que estaria disponível no início do ano lectivo e, em suma, para o que diz a lei sobre o teletrabalho. Nada mais. Não é prosa adjectivada ou “sindical”, mas já sabia que iria desagradar a muit@s colegas rendid@s à Situação desde que subiram um ou dois escalões ao fim de uma década de congelador e assistiram a umas webinares sobre inclusão e/ou flexibilidade (ou às duas) e quiçá a mais uma sobre supervisão ou diferenciação pedagógica, porque poderiam estar enferrujadas as memórias dos tempos da profissionalização.

(calma, que este texto não é mais do que um desabafo pessoal… até porque o que vou referir surgiu em alguns casos na sequência de partilhas de um outro post meu de ontem em que falei de “araras”… pelos vistos terei sido pouco “corporativo” 🙂 )

Entre os “argumentos” usados para discordar da posição que o grupo assumiu gostaria de destacar uns quantos que se destacaram pela sua riqueza e sofisticação.

  • Um deles foi do tipo “ah… este não é o momento ideal para nos pormos com reivindicações dessas”. Sendo que o que se pede é o cumprimento da lei e nada mais. Ninguém pediu aumentos salariais, reduções de horário ou oferta seja do que for. Apenas que se cumprissem as promessas feitas de livre vontade em Abril de 2020 e as leis em vigor. Não percebi se o “momento ideal” para se lembrar a necessidade de cumprir a lei do teletrabalho seria durante o ensino presencial. Uma variante deste “argumento” é o de dizer “no princípio do ano é que deveriam ter colocado estas questões”. Só que as questões foram mesmo colocadas, só que ignoradas até que é mesmo impossível não as colocar de novo, porque as circunstâncias as tornaram inadiáveis.
  • Outro foi “mas é esse o principal problema que se coloca agora?” Não sei se é o “principal”, mas é um deles. As pessoas mais ilustres e esclarecidas que coloquem o “principal” (sendo que há meses que muitas pessoas, eu incluído, vieram a avisar para a falta de equipamentos para os alunos), que nós colocamos este problema “acessório” que passa por garantir que a rede pública de E@D não volta a ser garantida por meios privados e dependentes de uma infraestrutura (seja de computadores, seja de net) de que o Ministério da Educação parece ter alijado responsabilidades.
  • Uma terceira “indignação” foi a de alguém que questionou se, com tudo o que ganham”, “os professores não podem comprar um computador”. E eu fico sinceramente abismado com esta forma de pensar tão triste, tão pobrezinha. Ou seja, se um professor ganha 1000 ou 1200 ou 1500 euros, pode comprar um computador e colocá-lo ao serviço do ME. E ainda pagar a banda larga para que tudo funcione. Pena que sejam pessoas a quem nunca vi questionar se o ministro Tiago não ganha o suficiente para pagar a estadia em Lisboa, em vez de receber um subsídio de deslocação, que nenhum professor recebe quando fica deslocado a dar aulas a centenas de quilómetros do seu domicílio.
  • Uma quarta atitude, quando eu ousei colocar a cabeça de fora e comentar que só se pedia que fosse cumprida a lei que o próprio governo fez, foi acusarem-me de ter “uma agenda”. Bem… é verdade que até tenho várias, incluindo um par de Moleskines em promoção, uma do Batman e outra do Star Wars (tudo em saldos, que apesar de ganhar mundos e fundos, sou forreta). Mas quer-me parecer – sou um bocado lerdo, mas não tanto assim – que a insinuação é que eu estaria ao serviço de interesses tenebrosos e/ou a promover uma qualquer conspiração contra alguém. Não tinha dado por isso, até porque a ideia da posição comum não foi minha, mas se calhar há quem goste de avaliar as segundas intenções dos outros por aquilo com que esteja mais familiarizad@. Mas eu queria tranquilizar toda a gente: estou um bocado farto disto, mas continuo a não querer defenestrar seja quem for, muto menos invejo lugares que encararia como uma espécie de despromoção em relação a ser professorzeco. Ando há demasiado tempo nisto em nome próprio e à vista, para que ainda me apareçam com este tipo de acusação, tão pouco imaginativa.
  • Por fim, gostava de especificar melhor o meu uso do termo “araras” para designar cert@s coleg@s que comentam os assuntos de um modo automático e superficial, só na base do cartão, camisola ou afinidade pessoal ou ideológica com os poderes que estão. É indispensável esclarecer que tenho o maior respeito pelas araras e até mesmo por papagaios ou, num outro plano, por invertebrados, como formas de vida dignas de preservação e estima. O que me custa é o palreio de umas e a falta de verticalidade vertebral de outros quando se trata de defender os mais básicos direitos da profissão docente. A saída de muita gente mais velha da docência, boa parte com outra vivência política e experiência de vida, deixou-a (à docência) parcialmente orfã no que diz respeito a uma certa “cultura” crítica de debate e resistência. Mas é bem verdade que compreendo porque saíram e em muitos casos apoiei essa decisão, em nome da manutenção da sanidade que ainda lhes restava. Mas fazem muita falta nas escolas e nas salas dos professores. Pessoalmente, os “mais velhos” nunca me causaram urticária e foi com eles que aprendi muita coisa. Porque eram aves de outro porte.

(e quem não gostar do que lê por aqui, porque é pouco fofinho, tem bom remédio… há programas de manhã e de tarde na televisão com casos de vida muito interessantes…)

Phosga-se! – Série “Os Novos Horários”

Começam a chegar exemplos dos novos horários E@D. Vai ser uma coisa linda de se ver se, pelo país, isto for assim. Acham que existe banda larga que aguente tanto trânsito? É que eu de manhã estava a ver nuns “apanhados” o actual ministro das Finanças a tentar fazer uma vídeo-conferência com o Parlamento Europeu e se nem pessoa tão importante consegue manter uma ligação funcional, como conseguirá o Joaquim Pincel e os seus alunos?

Mas não faltará quem ache que isto é mesmo possível.

Opiniões – Ricardo Silva

Uma (outra) visão do Ensino à Distância (E@D)

A partir do  próximo dia 8 de fevereiro, professores e alunos, deste país, entrarão numa nova fase de Ensino à Distância (E@D), sem fim à vista, sem estarem garantidas as condições necessárias para assegurar a qualidade e a eficácia do processo, a equidade no acesso ao mesmo por parte dos alunos, tudo isso perante a suprema desfaçatez do governo que pretende, um vez mais, e sem pedir licença, fazer dos professores autênticos financiadores do sistema educativo, não lhes proporcionando quaisquer compensações por serem eles a disponibilizar os recursos, materiais e tecnológicos, necessários ao funcionamento do Ensino à Distância. Deixando de lado este aspeto que já foi tratado, e bem, por outros colegas (https://guinote.wordpress.com/2021/01/29/a-lei-do-teletrabalho-aplica-se-aos-professores/) passarei então a analisar, sob outro prisma, algumas das entropias que enforma este novo modelo de E@D em fase de lançamento.

Como comecei por escrever, a partir do  próximo dia 8 de fevereiro, professores e alunos irão entrar numa nova fase de Ensino à Distância e, a partir desse dia, A SALA DE AULA PASSARÁ A SER A NOSSA CASA (as maiúsculas entender-se-ão melhor mais à frente)! E nesse contexto, nessa realidade, nesse quase “novo normal” educativo, há um grave problema que se levanta, sobretudo para os professores que, tal como nós, têm filhos em idade pré-escolar (no nosso caso, uma filha com 3 anos de idade). Ao contrário do que aconteceu na 1ª fase do E@D, entre março e junho do ano transato, em que os horários de professores e alunos puderam ser alterados e adaptados, e em que cada escola se organizou de acordo com os seus Planos de Trabalho Semanais (que contemplavam apenas alguns momentos síncronos, sendo a grande maioria assíncronos), desta vez, ao que tudo indica, e pelo que já sei e posso testemunhar, as direções escolares estão a preparar o arranque do E@D (resta ainda saber se de motu proprio, se por indicação ministerial) com base no princípio de que os docentes terão de cumprir integralmente a componente letiva (ou uma larga percentagem da mesma), com aulas síncronas e, adicionalmente, facto relevantíssimo, os horários dos alunos não poderão ser alterados, ou seja, devem ter as aulas tal como estão distribuídas e marcadas no seu horário semanal. Assim sendo, os professores terão de respeitar integralmente os horários dos alunos, sem modificações, mesmo que uns tempos possam ser síncronos (a maioria) e outros assíncronos. Teoricamente, tudo isto até poderia estar correto, e pode até fazer sentido para os pais, de um ponto de vista de organização familiar, manutenção de rotinas e hábitos de trabalho.

No entanto, ninguém se lembrou que esta solução/opção “organizativa”, de querer transpor para o Ensino à Distância os horários integrais (ou quase) de professores e alunos, como se se pudesse replicar em casa o que se faz na escola é, para além de uma imbecilidade e uma impossibilidade pedagógica, um fator de enorme perturbação para os professores, sobretudo para os que têm filhos em idade pré-escolar, pois, quando tiverem de dar aulas síncronas, e em simultâneo, se forem casais de professores (o que acontecerá em muitos momentos, bastando que ambos tenham aulas no turno da manhã, ou da tarde, ou mesmo misto, mas com horas coincidentes), simplesmente não só não poderão fazê-lo com um mínimo de condições, pois estarão sempre a ser interrompidos pelos seus filhos (dadas as suas naturais solicitações, brincadeiras, birras, intromissões e necessidades, ficando perturbado, de forma irremediável, o normal decorrer das aulas síncronas e a sua qualidade), como não poderão garantir-lhes os cuidados de acompanhamento e proteção que obviamente necessitam, merecem, e constitucionalmente lhes são garantidos, quer seja nos cuidados básicos, quer seja para o seu bem estar emocional, ou mesmo para o seu correto e equilibrado desenvolvimento educacional, já sem falar no direito que têm a ver salvaguardada a sua privacidade e intimidade, pois, como já sublinhei atrás, a sala de aula passará agora a ser a nossa casa, e não se podem (não se devem!) trancar os filhos na despensa, enquanto os progenitores estão agarrados a um computador, a dar aulas síncronas, horas a fio! E se, no ensino presencial, numa sala de aula tradicional, ninguém admitiria, ou compreenderia, que o professor estivesse acompanhado do(s) seu(s) filho(s), durante as aulas, ainda para mais sendo crianças, por que motivo já ninguém se espanta, ou incomoda, quando estes estiverem presentes na sala de aula que será, muito em breve, a sua própria casa? Alguém no governo ou no Parlamento já viu a questão por este prisma? Eu não só já vi, como parece que terei de trabalhar nessas condições! Eu, a minha mulher, e muitos outros colegas! E só não são mais, porque cada vez menos há professores com filhos crianças! Até isso, só isso, já deveria preocupar quem nos governa, pois o envelhecimento da classe docente é outro grave problema, que se arrasta, sem solução à vista!

Ao invés de outros profissionais (cuja função não se coaduna com o teletrabalho), que poderão ficar em casa, sem trabalhar (embora com alguma perda salarial), para acompanhamento dos seus filhos menores de 12 anos ou que têm condições especiais para apoio aos mesmos (por exemplo, os profissionais de saúde), os professores, simplesmente, não podem fazê-lo porque, quer pertençam à Segurança Social ou à CGA (e cá em casa coexistem as duas situações – outro escândalo, que deveria merecer atenção sindical mais firme), estão em teletrabalho! Ora, o teletrabalho pressupõe (ou deveria pressupor) alguma flexibilidade de horário, situação que, tal como acabei de demonstrar, não vai acontecer nesta 2ª fase de E@D, pelo menos, tal como está a ser pensada e organizada. Alguém no governo, no Parlamento, nos sindicatos, ou nas escolas, pensou nisto, sequer por um segundo???? Não me parece! Afinal, e como me disse hoje uma colega, muito incomodada, durante uma reunião de avaliação: “tens de te organizar, isso é um problema que vocês têm de resolver, quando o meu filho era pequeno, e eu tinha reuniões na escola que acabavam tarde, deixava-os com a vizinha!” Ora, se tal é dito por uma colega, comparando situações incomparáveis, isto já sem referir que no atual contexto de pandemia, por razões óbvias, a “casa da vizinha” nunca poderia ser a “casa da Joana” (a minha filha chama-se Joana), o que dirão então  aqueles que não irão dar aulas à distância, sejam eles diretores escolares, sejam eles governantes? Enfim… perante isto, valerá a pena dizer algo mais? Creio que sim, talvez valha ainda a pena colocar algumas perguntas finais.

E eu? Faço o quê? Sacrifico a minha filha, as suas necessidades, o seu bem estar e o seu equilíbrio emocional? Mais uma vez? E que raio de aulas vou dar, com ela sempre a chamar-me, e a querer-me ao seu lado, sem ter idade e maturidade suficientes para entender que não posso (mesmo que queira), e isso uma e outra vez, durante horas a fio, dia após dia? A mãe num computador, o pai no outro (ou então a disputarem o único disponível) e ela ali, com os pais tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe, transformados por força da lei, nuns pais de “pedra”, “surdos e mudos”, inacessíveis para ela, mas completamente dedicados aos seus alunos e à nobre missão de ensinar! A sério que ninguém pensou nisto? E agora que eu expliquei, alguém vai fazer alguma coisa?

Ricardo Silva

Opiniões – Jorge Santos

Confidências

Sou um dos vários milhares de professores do ensino público e estou em regime de teletrabalho, com obrigações de participar em reuniões à distância e de responder a inúmeros emails institucionais. Acontece que na zona onde moro, a ligação à internet sofre interrupções constantes, perdendo a ligação com os meus colegas ou os meus alunos.

Com o retorno do ensino à distância (já sabemos que será no dia 8 de fevereiro), vou ter aulas e reuniões em que ou não consigo entrar ou vou estar poucos minutos. Telefonei há minutos para a minha operadora e expus a situação. Perguntei ao funcionário Sr. X, se a operadora passa um comprovativo em como a minha zona está sinalizada como uma área com fraca qualidade na ligação à internet, de modo a poder justificar porque cheguei atrasado 20 ou 25 minutos à reunião, ou não ter conseguido dar a(s) aula(s) síncrona(s)?

De facto, essas ocorrências já se verificarem muitas vezes, tal como constatei em março, abril, maio, junho de 2019 ou na semana passada (janeiro de 2020).

Respondeu-me o dito funcionário Sr. X:

– Que a empresa não passa esse comprovativo!

Se eu, eventualmente, esquecer-me de pagar a internet na data estipulada, passado 6 ou 7 dias (o que ainda não aconteceu), fico com a ligação cortada, mas a operadora de telecomunicações em causa, não se responsabiliza por emitir um documento a comprovar que na minha zona a ligação à internet está sinalizada como fraca ou, que existem horas em que se verifica excesso de tráfego digital!

Entretanto, enquanto não há um reforço da potência da rede (nove meses é suficiente para corrigir o que esteve menos bem durante o primeiro confinamento), pus os meus neurónios a funcionar e para mitigar os problemas pensei em três soluções:

1º- Subir ao telhado e comunicar por sinais de fumo!

2º – Fazer um contrato com a Associação Columbófila local, e contratar durante um mês, os serviços de 90 pombos-correio, uns para a localidade sede (os mais novos), outros (os mais maduros e resistentes) para as aldeias!

3º -Deixar as tarefas a desenvolver durante a semana, na minha disciplina, numa placa dentro dos supermercados!

Aceito outras sugestões!

O colega (des)animado,

J. Santos