Entretanto, Em Washington

O Capitólio é invadido por encapuzados, na sequência de uma manifestação convocada por um Trump em delírio e a fazer tudo para travar a confirmação dos votos do Colégio Eleitoral que confirmam Biden como novo Presidente. No dia em que as eleições na Geórgia tiraram o controlo do Senado aos Republicanos.

A resposta de Biden que, lamento muito que exista que ache que são todos iguais, é alguém de uma cepa muito diferente do arruaceiro do Twitter.

Desculpe Lá, Desculpe Lá

Dei-me ao trabalho de ver o que passa por ser um “debate” entre candidatos presidenciais, como se em 15 minutos para cada lado desse para dizer algo de relevante para o futuro, quando se gasta o tempo quase todo a discutir o passado recente. Marcelo começou quase conciliador, assim como Ventura, mas rapidamente a coisa evoluiu para a cacofonia, com a moderadora a fazer avisos inúteis. Cada um ganhou à sua maneira… Ventura mostrou-se aguerrido e agressivo contra a “bandidagem” e a excessiva colagem do actual presidente ao governo, Marcelo a querer ser conciliador, a tentar deonstrar que não tem sido uma muleta de Costa e a teorizar sobre uma “direita social” que por cá já foi o CDS, mas raramente o PSD. Tudo na mesma, como seria de esperar. Ninguém mudou o sentido de voto com isto e para os agnósticos como eu fica a ideia que, em tempo de pandemia, mais vale não correr riscos desnecessários no dia 24.

10.027

Vai chegando a conta das festividades de Natal, porque estava tudo com muita sódade uns dos outros. Até final desta semana os números devem andar a estes níveis. À senhora DGS, ontem “parecia” que havia uma tendência de subida. Caramba. que a senhora é de uma perspicácia só comparável à do PR que acha que existiu um certo “laxismo”, como se não fosse ele a propor a continuação do estado de emergência e o principal responsável pelo modo como tudo isto decorre.

Mas em Portugal ninguém é responsável por nada, as mentiras são inverdades e a fraude combate-se com fraude. Há coisas que realmente nunca mudam, porque o “sistema” está feito para absorver praticamente todos aqueles que aceitam entrar no jogo. Não há vacina contra a irresponsabilidade e a falta de vergonha apresenta um contágio de tal forma elevado que não há bolsas de imunidade que lhe resistam. Só falta agora virem uns artigos a anunciar nova “catástrofe económica” (ou “académica”, se ousarem fechar de novo as escolas).

Venham umas semanas a compota, que o mal já está feito e agora é preciso fingir que se remenda.

(há gente que deveria borrar a cara com alcatrão, de tanto disparate que tem dito e escrito… porque nada disto acontece por falta de aviso… só falta virem falar num “Março do nosso desconfinamento” ou atoarda parecida)

Pelo Educare

Texto escrito a 29 de Dezembro, à laia de despedida do ano “velho”.

O ano de 2020 esteve longe de nos trazer um futuro radioso. Há que lidar com isso com lucidez, clareza, racionalidade e muita exigência. E o ano de 2021 deveria ser um ano decisivo para que não se prolongassem as promessas equívocas acerca de um futuro cuja chegada tem sido anunciada com demasiada precipitação.