Lá Por Fora

O cenário é péssimo, mas há quem diga que é uma ilusão e o pessoal que morre ou já morreria de qualquer maneira ou foi de unhas encravadas, urticária intensa ou sinósite intempestiva.

Ahhh! “Eles” Vão Agarrar-se Aos Efeitos Colaterais!

Estudo suíço mostra que o encerramento de escolas pode reduzir em 21,6% a mobilidade das pessoas e travar o ritmo de circulação do vírus, com crianças e pais confinados em casa. Mas há também muitos possíveis efeitos colaterais negativos da medida.

(…) O artigo explica que “a mobilidade humana num determinado dia prevê casos comunicados com 7-13 dias de antecedência” e que “uma redução de 1% na mobilidade humana prevê uma redução de 0,88-1,11 % nos casos comunicados diariamente de covid-19”. “Se as escolas estiverem fechadas, podemos esperar uma grande mudança de comportamento”, referiu Stefan Feuerriegel à AFP.

O estudo original, com muita matemática para a minha carroça, mas uma conclusão evidente e que alinha com outras de estudos de final de 2020: o encerramento das escolas é das medidas mais eficazes para a redução da mobilidade e dos contágios.

The mediation analysis shows a large direct effect for bans on gatherings of more than 5 people,
bans on gatherings of more than 100 people, and school closures
(4). Pronounced indirect effects
are found for all policy measures. In particular, the indirect effect of venue closures makes up about
a third of their total effect at several lags. Moreover, border closures are estimated to only have
reduced the reported number of new cases indirectly through mobility

Phosga-se! – Série “Nas Escolas Não Há Cóvídeo”

  • Face ao número crescente de infetados por COVID-19 que se tem verificado, deste o início do ano, foi decidido adiar a 2.ª eliminatória das Olimpíadas Portuguesas de Matemática.
  • Oportunamente será anunciada a nova data da 2.ª eliminatória das Olimpíadas Portuguesas de Matemática.

A Recuperarem Algum Bom Senso

Apesar de o Governo não ter anunciado o encerramento das escolas, quando se referiu a um eventual confinamento, por causa da pandemia, se tal vier a acontecer, haverá dificuldades, uma vez que nem todos os alunos têm computadores e acesso à Internet. São os chamados alunos “desligados”. No podcast Expresso da Manhã, o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Pública, Filinto Lima, lembra que “a promessa do primeiro-ministro de dotar todos os alunos de computadores ainda não foi cumprida” – no 1.º período começaram a ser distribuídos 100 mil computadores, havendo a promessa de fazer chegar mais cerca de 260 mil, de forma a cobrir todos os alunos com mais carências económicas.

“Os professores fizeram o melhor que puderam e fizeram muito no 3.º período, com muitas dificuldades, com muitos constrangimentos, nomeadamente a inexistência, para muitos alunos, de um material que é fundamental para o processo de ensino não-presencial, ensino de emergência, que são os computadores, que é a rede de Internet, que muitos não tinham, não dispunham, nós até lhes chamamos ‘os desligados’”, diz Filinto Lima. E acrescenta: “E eu não gostaria que, no meu país, tivéssemos neste ano mais ‘desligados’, e se calhar podemos ter, se nos confinarmos, se algumas turmas se confinarem. Porquê? Porque a promessa do primeiro-ministro de dotar todos os alunos de computadores ainda não foi cumprida.”

(… ) O agravamento da situação epidemiológica em Portugal levantou a hipótese de os alunos do secundário deixarem de ter aulas presenciais, uma medida compreendida pelos directores escolares contactados pela Lusa. “Nada substitui a presença em sala de aula, mas perante a situação que o país atravessa neste momento percebemos que é preciso tomar medidas”, contou à Lusa Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), defendendo o “ensino misto para os mais velhos”.

A posição é corroborada pelo presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANADEP), que lembrou que menos alunos na escola significam menos pessoas nos transportes públicos. Filinto Lima explicou que é melhor que sejam os mais velhos a ficar em casa, uma vez que têm mais maturidade para acompanhar as aulas online. Além disso, estes alunos foram os primeiros a receber os computadores prometidos pelo Governo. Os 100 mil equipamentos que começaram a ser distribuídos no final do ano passado já terão sido entregues a todos os estudantes do ensino secundário com Apoio Social Escolar (ASE). “Se houver alguns que ainda não receberam, serão muito poucos, e é possível, através das escolas e das autarquias locais, arranjar alternativas”, contou à Lusa Manuel Pereira.

Quotidianos – 1

Hoje, à saída da minha escola, nenhum dos encarregados de educação com que me cruzei por umas dezenas de metros tinha máscara ou a tinha devidamente colocada. Exemplos clássicos: máscara com o nariz de fora e máscara posta no queixo para conversar porque, como se sabe, elas protegem bem é quando a pessoa tem a boca fechada.