Pena que as medidas por cá não sejam bem essas. Será que o Manuel Carvalho leu isto antes da teoria da “geração deslassada”?
Dia: 14 de Janeiro, 2021
Ranking Dos 3 Locais Mais Seguros De Portugal Para Fugir À Pandemia
E O Prémio “A Primeira Criatura A Chegar-se À Frente Para Uma Comenda – Versão Pandemia” Vai Para…
Margarida Marrucho Mota Amador, coach e ex-directora do Colégio do Sagrado Coração de Maria e do Externato O Beiral com a seguinte argumentação de cariz profundamente humanista e claramente centrada no interesse maior do país e das crianças. Deve ter batido o JMTavares ou o Baldaia por umas horas.
Além de possibilitar a actividade económica de todos os seus fornecedores, e são muitos, desde o sector alimentar, aos produtos de limpeza e higiene, permite que as famílias que se encontram em teletrabalho, desenvolvam a sua actividade profissional a horas de expediente e com a devida concentração.
Checklist De Compras Para A Pandemia
Antes que as hordas de abatam sobre os supermercados, aqui em casa fez-se uma rápida visita a um deles de que não devo fazer publicidade (mas por estes dias desconta o IVA acima dos 50 euros de compras e começa com Pingo e acaba em Doce), nas hospitaleira e afamada localidade de Azeitão. Poderia aqui descrever, para um certo colorido “local”, em detalhe como uma cliente berrava contra o patrão porque a queria mandar fazer teste à covid para poder ir trabalhar (claramente não em regime “tele”, achando ela que “paus só me enfiam na [pi-pi, literalmente], no nariz ninguém me enfia pau nenhum“, mas mais vale avançar para a lista de mantimentos adquiridos para enfrentar aquilo que António Costa define “sem vergonha” como confinamento.
- Papel higiénico às paletes: não.
- Guardanapos ao molho: não.
- Farinha para fazer pão: não.
- Garrafões de água: não.
- Batatas à saca: não.
- Arroz aos quilos: não.
- Esparguete aos quilos: não.
- Bacalhau: sim, mas daquele já pronto a ir para a panela.
- Lombinhos de porco preto: claro que sim.
- Maçãs de Alcobaça: sim, para efeitos de consumo directo ou para uma bela apple pie, mesmo se as reinetas são mais adequadas.
- Álcool-gel aos litros: não.
- Bebidas espirituosas: sim, porque sempre fui um tipo espiritual.
- …
Confinamento Como Excepção À Norma
Porque 52 excepções, não poderão ser consideradas verdadeiramente “excepções”, quando se contemplam coisas como “estabelecimentos de venda de material e equipamento de rega, assim como produtos relacionados com a vinificação, assim como material de acomodação de frutas e legumes;”
Ou todos os “estabelecimentos enunciados nos números anteriores, ainda que integrados em centros comerciais”.
5ª Feira – Dia 0 Do Pseudo-Confinamento
Ontem lia um dos principais membros da corte costista, ainda antes do anúncio das decisões que até a ele provocaram algum espanto (hélas! não é caso completamente perdido), a dizer que as pessoas estavam muito ligadas aos seus contextos “locais” na análise de tudo isto. Trata-se de uma das luminárias da “territorialização” das opções curriculares e das próprias abordagens pedagógicas. Assim como da municipalização da Educação e do desenvolvimento de políticas educativas locais. Mas agora quem levanta problemas é porque só vê o “local”. Ora bem… o meu “local” diz-me que alunos de 10 anos percebem com a clareza que o cinismo e a hipocrisia ainda não toldaram, o que adultos parecem não entender ou submeter a lógicas instrumentais. O meu “local” transmite-me que as “famílias” estão mais preocupadas do que as cúpulas das associações consultadas por António Costa. O meu “local”, apesar de todos os pecadilhos e de saber que no nosso caso cá estaríamos de qualquer forma, compreende que isto não é um confinamento “como em Março e Abril”.
A bem dizer este é um confinamento quase exclusivo do comércio “não essencial” (será que posso, pelo menos, comprar livros no supermercado?) e das actividades culturais (como bem dizia o Bruno Nogueira de manhã, uma missa não é um espectáculo com alguém no palco a falar para uma audiência?). Haverá efeitos no controle dos contágios? Sim, mas muito mais lentos do que se fossem 15 dias a sério. Ou o mês daqui até ao Carnaval. “Como em Março e Abril”.
Já agora, como ideia matinal fica a proposta de transformar parte dos recintos escolares em hospitais de campanha porque, como ficámos a saber, as escolas são espaços de “contágio zero”, o que dá imenso jeito, porque os hospitais se estão a tornar caóticos e desta maneira se evitariam os surtos e cadeias de transmissão entre enfermeiros e médicos.