A Sério?

Pena que as medidas por cá não sejam bem essas. Será que o Manuel Carvalho leu isto antes da teoria da “geração deslassada”?

O incentivo de aulas online para alunos no 3º ciclo e acima disso, a limitação da lotação dos transportes públicos e o reforço da oferta, restrições horárias das compras por segmentos etários e a manutenção (obrigatória) do teletrabalho são as quatro medidas que segundo a consultora PSE, especializada em ciência de dados, serão capazes de garantir uma eficácia máxima, com o mínimo de danos. O trabalho apresenta várias simulações combinando diferentes cenários para identificar um “pacote” de medidas que garante o mínimo impacto na economia e a máxima eficácia no controlo da pandemia, a partir de uma análise dos padrões de mobilidade da população portuguesa.

Ranking Dos 3 Locais Mais Seguros De Portugal Para Fugir À Pandemia

  1. Escolas.
  2. Qualquer evento organizado pelo PCP.
  3. Um gabinete onde se encontrem À MESA para negociar: o ministro Tiago, o secretário João, os representantes dos professores Mário e João, o pai Jorge e o director Manuel (que ontem ganhou a medalha do primeiro a engraxar o cágado ao PM na televisão).

E O Prémio “A Primeira Criatura A Chegar-se À Frente Para Uma Comenda – Versão Pandemia” Vai Para…

Margarida Marrucho Mota Amador, coach e ex-directora do Colégio do Sagrado Coração de Maria e do Externato O Beiral com a seguinte argumentação de cariz profundamente humanista e claramente centrada no interesse maior do país e das crianças. Deve ter batido o JMTavares ou o Baldaia por umas horas.

Além de possibilitar a actividade económica de todos os seus fornecedores, e são muitos, desde o sector alimentar, aos produtos de limpeza e higiene, permite que as famílias que se encontram em teletrabalho, desenvolvam a sua actividade profissional a horas de expediente e com a devida concentração.

Checklist De Compras Para A Pandemia

Antes que as hordas de abatam sobre os supermercados, aqui em casa fez-se uma rápida visita a um deles de que não devo fazer publicidade (mas por estes dias desconta o IVA acima dos 50 euros de compras e começa com Pingo e acaba em Doce), nas hospitaleira e afamada localidade de Azeitão. Poderia aqui descrever, para um certo colorido “local”, em detalhe como uma cliente berrava contra o patrão porque a queria mandar fazer teste à covid para poder ir trabalhar (claramente não em regime “tele”, achando ela que “paus só me enfiam na [pi-pi, literalmente], no nariz ninguém me enfia pau nenhum“, mas mais vale avançar para a lista de mantimentos adquiridos para enfrentar aquilo que António Costa define “sem vergonha” como confinamento.

  • Papel higiénico às paletes: não.
  • Guardanapos ao molho: não.
  • Farinha para fazer pão: não.
  • Garrafões de água: não.
  • Batatas à saca: não.
  • Arroz aos quilos: não.
  • Esparguete aos quilos: não.
  • Bacalhau: sim, mas daquele já pronto a ir para a panela.
  • Lombinhos de porco preto: claro que sim.
  • Maçãs de Alcobaça: sim, para efeitos de consumo directo ou para uma bela apple pie, mesmo se as reinetas são mais adequadas.
  • Álcool-gel aos litros: não.
  • Bebidas espirituosas: sim, porque sempre fui um tipo espiritual.

Confinamento Como Excepção À Norma

Porque 52 excepções, não poderão ser consideradas verdadeiramente “excepções”, quando se contemplam coisas como “estabelecimentos de venda de material e equipamento de rega, assim como produtos relacionados com a vinificação, assim como material de acomodação de frutas e legumes;”

Ou todos os “estabelecimentos enunciados nos números anteriores, ainda que integrados em centros comerciais”.

5ª Feira – Dia 0 Do Pseudo-Confinamento

Ontem lia um dos principais membros da corte costista, ainda antes do anúncio das decisões que até a ele provocaram algum espanto (hélas! não é caso completamente perdido), a dizer que as pessoas estavam muito ligadas aos seus contextos “locais” na análise de tudo isto. Trata-se de uma das luminárias da “territorialização” das opções curriculares e das próprias abordagens pedagógicas. Assim como da municipalização da Educação e do desenvolvimento de políticas educativas locais. Mas agora quem levanta problemas é porque só vê o “local”. Ora bem… o meu “local” diz-me que alunos de 10 anos percebem com a clareza que o cinismo e a hipocrisia ainda não toldaram, o que adultos parecem não entender ou submeter a lógicas instrumentais. O meu “local” transmite-me que as “famílias” estão mais preocupadas do que as cúpulas das associações consultadas por António Costa. O meu “local”, apesar de todos os pecadilhos e de saber que no nosso caso cá estaríamos de qualquer forma, compreende que isto não é um confinamento “como em Março e Abril”.

A bem dizer este é um confinamento quase exclusivo do comércio “não essencial” (será que posso, pelo menos, comprar livros no supermercado?) e das actividades culturais (como bem dizia o Bruno Nogueira de manhã, uma missa não é um espectáculo com alguém no palco a falar para uma audiência?). Haverá efeitos no controle dos contágios? Sim, mas muito mais lentos do que se fossem 15 dias a sério. Ou o mês daqui até ao Carnaval. “Como em Março e Abril”.

Já agora, como ideia matinal fica a proposta de transformar parte dos recintos escolares em hospitais de campanha porque, como ficámos a saber, as escolas são espaços de “contágio zero”, o que dá imenso jeito, porque os hospitais se estão a tornar caóticos e desta maneira se evitariam os surtos e cadeias de transmissão entre enfermeiros e médicos.