Deram Um Chupa-Chupa Ao Birrinhas Para O Convencer?

Decisão final só deverá ser tomada na reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira. Mariana Viera da Silva e Marta Temido estiveram antes reunidas com epidemiologistas.

(ó meu rico PM, o que devo eu fazer?)

(podiam mandá-lo para uma certa sala de aula que eu cá sei, que até começava a fazer pisca-pisca mais depressa… se este tipo era “cientista”… )

Da Completa Irresponsabilidade

Parei de publicar “casos”, não por falta deles, mas porque agora já surgem noticiados em razoável quantidade. Mas há um que tenho de contar, porque alguns pormenores me chegaram apenas há um par de horas, por telefone e envolve a acção que vou qualificar de “peculiar” (para não dizer outro tipo de coisas) da “autoridade de saúde” do concelho onde lecciono e também a irresponsabilidade com que algumas famílias encaram isto.

No início desta semana, numa aula da manhã, alguém, penso que da família de um aluno de 5º ano, surge na escola para o levar pois testou “positivo”. O que significa que o aluno já era suspeito de alguma coisa, pois tinha ido testar, mas mandaram-no para a escola na mesma. A situação é comunicada à tal “óturidade” que não faz absolutamente nada e nem sequer os alunos mais próximos deles na sala são enviados para isolamento. O que é quase regra na dita “óturidade” a quem, por casos anteriores, dá a sensação de que mandar alunos ou turmas para isolamento lhe provoca uma dor semelhante a uma pedra bicuda a passar-lhe pela uretra.

Se algo poderia ser feito, sem necessidade de carimbo da “óturidade“? Claro que sim, mas também devia fazer doer.

Escrito A 8 de Janeiro

Não adianta escrever nova prosa, a auto-citação neste caso justifica-se.

A dias do primeiro confinamento escrevi que “sem as escolas a funcionar, o país entra em colapso”. O problema é que, desta vez, é muito possível que tenhamos de fechar tardiamente as escolas, por já estar o país em colapso.

Público Online, 8 de Janeiro

Subitamente?

Há casos de covid-19 em “quase todas as escolas”

Freguesias de Leiria querem escolas fechadas com urgência

Covid-19: diretores das escolas de Viseu estão todos a favor do encerramento

Campo Maior: Autarquias e Pais recusam retomar aulas

Torres Vedras pede fecho das escolas, militares na rua e mais médicos e enfermeiros

PORQUE NÃO FECHA O GOVERNO AS ESCOLAS? segundo um presidente de câmara e professor

4ª Feira – Dia 6 Do Pseudo-Confinamento (Mas Agora A Sério), Dia 1 Dos Testes Antigénio

O matemático Henrique Oliveira, um dos que previu (há mais de um mês) o que se está a passar, até de forma conservadora em termos de número de mortes, também referiu na altura que a aplicação dos testes rápidos pode levar a uma falsa sensação de esperança ou confiança. Não é que não sejam úteis, apenas devem ser considerados com a devida prudência e a informação sobre o que significam. Mas o problema maior é que não há mesmo meios (humanos e mesmo de espaços apropriados) para os aplicar de forma mitigada, quanto mais generalizada nas escolas dos concelhos com maior perigo de contágio. Certamente existirão as reportagens televisivas a comprovar a sua aplicação em 2 ou 3 pontos do país e certamente teremos 0,01% da população testada para efeitos mediáticos para transmitir a ideia de que se está algo a fazer, que “vai tudo ficar bem nas escolas” e que elas são “espaços seguros” e de “contágio zero”. As coisas não estão piores porque nas escolas, pessoal docente e não docente tenta fazer o melhor e eu nem quero pensar o que seria se a coisa ficasse entregue a tiaguinhos e ao seu pensamento mágico.

É muito triste perceber-se como políticos de postigo falsearam para a opinião pública as informações prestadas pela quase totalidade dos especialistas (houve um desalinhado que deu muito jeito), que são bem claros, de novo, nas suas previsões. Perdemos tempo, o que implicou a perda de vidas, sendo que agora soa a falso tanto apelo (embora a ministra da Saúde pareça ter sido trucidada em tudo isto por vultos como o actual e impante ministro da Economia) em tons dramáticos. Houve muitas falhas de “percepção”, mas foi porque esta malta depois de uns anos de rabo aquecido passam a ter do “povo” uma imagem difusa e filtrada por estudos encomendados a amigos. Mas, principalmente, houve falhas graves de acção, porque se preferiu ir adiando tudo o que parecia poder empurrar-se com a barriga. E que não venha agora o secretário de Estado da Educação dizer que há miúdos que só comem se as escolas tiverem abertas (algo que não é raro pelas minhas bandas). Mas se assim é, é porque a governação da geringonça, sempre a bater no peito com uma alegada defesa dos “mais desfavorecidos” falhou em toda a escala.