Fiquei a saber pela Anabela que a DGE divulgou uma espécie de “manual” para a 2ª vaga do E@D, em que recicla propostas antigas e ocupa o resto das páginas com uma espécie de prós e contras do “trabalho síncrono e assíncrono, em contexto educativo, integrando sugestões metodológicas”. Fica mais abaixo para quem estiver com insónias.
Dia: 5 de Fevereiro, 2021
E@D Presencial
Qual confinamento, qual carapuça. Num agrupamento ali bem perto do rio d’oiro.
Mas então não estava tudo preparado? Como é que faltam equipamentos?
Vá Lá Que Eu Vejo Mais A HBO
Em vez de investirem numa banda mesmo larga e na qualidade dos serviços, optam por uma solução algo esquisita, até porque quem paga os serviços de streaming como é compensado pelo seu bloqueio?
As empresas de comunicação devem dar prevalência a clientes prioritários como os serviços e organismos do Ministério da Saúde ou as Forças Armadas, o que pode fazer com que as plataformas de streaming, como a Netflix ou o YouTube, se tornem mais lentas ou sejam até bloqueadas.
6ª Feira – Dia 15
A corrida aos equipamentos está instalada. O ME emprestou manuais, mas encolheu-se até ao fim nos computadores, faltando entregar a maior parte. O SE Costa disse aos directores que é mais fácil a um cidadão do que ao Estado comprar um portátil, mas o que vejo no base.gov não confirma bem isso, porque vejo lá muitos equipamentos a ser comprados e depressinha. E desde Abril de 2020 até governantes muito ineptos conseguiriam melhor do que foi conseguido. O “Governo diz que empresas têm de pagar despesas com net e telefone no teletrabalho”, mas exime-se a si próprio dessa obrigação em relação aos professores. Nos últimos dias, soube-se que Portugal passou em tempos de pandemia a “democracia com falhas” e uma das mais evidentes é a do agravar do desrespeito pela legalidade pelos próprios poderes públicos. Na Educação é sempre que dá jeito. O sistema de ensino à distância vai voltar a funcionar com base nos meios privados da larga maioria dos professores e das “famílias”. Uma série de normativos estão desactualizados para este contexto de ensino remoto, mas tudo se resolve na base do apelo à boa vontade, se possível com base em telefonemas e nunca em suportes oficiais. Pedem-se aos professores responsabilidades e desempenho de que a equipa ministerial acha estar isenta. E quem não adere ao “paradigma” #SóCriaProblemas e lançam-se-lhes em cima as araras do “eu coloco os alunos em primeiro lugar”. E finge-se que não foram feitas promessas nbem claras e explícitas, preferindo dar-se a entender que se algo falhar é culpa “das escolas” ou da falta de dedicação missionária dos professores. Mas não é bem assim, não são os outros que são incompetentes, porque é nestes momentos que se percebe que há quem só lá esteja, para tapetes vermelhos e “acesso” a outros voos.
(um acrescento… esta espécie de “diário”, irá voltar a ser partilhado a partir da próxima 2ª feira, de regresso ao E@D, no site Educare, onde os verbetes aparecerão logo pela manhã, com numeração nova relacionada com a nova fase que vamos iniciar e de que não sabemos bem o fim)